Reprodução/Good Morning America

Muitos profissionais de saúde precisaram se isolar de suas famílias por trabalharem na linha de frente contra o coronavírus. Mas no caso das enfermeiras Cindy Pascalo e Jessica DeBrocke ocorreu o contrário: as duas passaram a trabalhar juntas diariamente e puderam encontrar um “alívio” mínimo durante a pandemia na companhia uma da outra.

Pascalo tem 60 anos, é do grupo de risco do coronavírus, trabalha na área há 39 e atua na unidade de tratamento intensivo (UTI). DeBrocke se tornou enfermeira em 2010, inspirada na mãe, e é coordenadora na ala de insuficiência cardíaca. Ambas trabalham no Northwestern Memorial Hospital e anteriormente raramente se cruzavam nos corredores.

Só que após estourar a crise da Covid-19, os funcionários saíram de seus setores originais para reforçarem os cuidados aos doentes da pandemia. Assim, mãe e filha começaram a trabalhar juntas e puderam se consolar.

“Ajuda ter alguém que entende o que é isso”, contou DeBrocke ao programa “Good Morning America”. “Eu tenho alguém que realmente entende. Tem ajudado muito ter uma família compreensível, a nível de saúde mental, poder falar sobre como eu me sinto”, completou.

As enfermeiras do Northwestern Memorial Hospital têm trabalhado em turnos de 12 horas. Pascalo explica que o serviço não é apenas fisicamente cansativo, mas emocionalmente desgastante, pois muitas vezes precisam ficar ao lado de seus pacientes terminais porque sabem que suas famílias não podem estar ali para se despedir.

Não é só um alívio emocional conversar com a filha, mas a dupla troca experiências e se ajuda nas tarefas diárias.

“Eu vejo algo de uma forma e ela dá outa perspectiva ao que estou dizendo. É uma via de mão dupla. Ajudamo-nos o tempo inteiro”, diz Pascalo.

Coronavírus: mãe e filha têm momento emocionante ao se reencontrarem

Separadas pela pandemia Separadas pela pandemia Separadas pela pandemia Separadas pela pandemia Separadas pela pandemia Separadas pela pandemia Ozge Kocak trabalha como secretária médica em uma clínica turca que está tratando de pacientes com Covid-19 e precisou se separar da filha de seis anos para não correr o risco de contaminá-la. As duas tiveram uma reunião emocionante após um mês distantes. Créditos: Reprodução/ABC News

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Como mãe e filha enfermeiras se apoiam na linha de frente contra o coronavírus