Virgula: No início de sua carreira, o senhor tornou missionário de jovens. Suas músicas, por exemplo, refletem um tom catequético e pastoral. Algumas pessoas até chegaram a reclamar que o padre Zezinho só fazia shows pra juventude. E aí?! Qual é o interesse nos teenagers?
Pe. Zezinho: Eu tinha sido nomeado pra cuidar dos jovens. Naquela época, estudava pedagogia e educação. Os pais estavam carentes, não sabiam lidar com a nova geração da década de 1960 e 1970. Os meus shows, então, foram propostos pelos bispos, que queriam atingir os adolescentes…

V: Mas no começo de sua carreira, quando o senhor ainda nem era tão conhecido, houve algum tipo de discriminação dentro da própria Igreja Católica com o seu estilo musical?
P.Z.: Houve e ainda há. Quando a gente rompe com alguns padrões isso incomoda o conservadorismo de algumas pessoas. Em meio aos movimentos sociais que surgiam no Brasil na década de 1970 e no mesmo período do Che [Guevara] se tornava um mito entre os jovens, a minha forma de politizar os adolescentes era através da música. Falei sobre a terra, o negro, a mulher solteira…

Padre Zezinho revela com exclusividade o set list da missa do papa


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Padre Zezinho comenta a visita do papa Bento 16