Atletas do Palmeiras estão gastando vocabulário na tentativa de convencer profissionais da mídia de que o clube “ainda não conquistou nada”. Principalmente o veterano e experiente goleiro Marcos. Ora, para que tanta preocupação com os colegas da imprensa? Quem entra em campo é que deve ter isso em mente. E parece que os próprios jogadores não têm consciência disso. Vivem um clima de oba-oba, certos da classificação. Pelo menos até sábado, quando perderam para o Sport de Recife e sentiram a pressão da torcida dentro de casa. Isso deve servir como despertador aos garotos que defendem a camisa alviverde, fazendo com que eles acordem para a realidade. E foi após refletir um pouco sobre a situação do Palmeiras que me vi diante de algumas questões ainda sem respostas. Pare, pense e chore, se for palmeirense. Será que os torcedores que hoje comparecem em bom número aos estádios continuarão apoiando o clube caso permaneça na segunda divisão? É um caso para se analisar com frieza e realismo. Outra dúvida que me aflige é a seguinte: o que é melhor? Digo, o que é pior, fazer campanha razoável na primeira divisão ou ser o líder da série B? Podemos fazer ligeira comparação com a conquista de um vice-campeonato, que nada mais é que ostentar o título de primeiro perdedor. E vou além. O Palmeiras está fazendo algo excepcional? Nenhuma atuação brilhante, inesquecível, que tenha entrado para a história. Voltar à série A do Campeonato Brasileiro não é mais que obrigação para um clube com a tradição e com uma estrutura como a do Palmeiras. Então, aos mais afoitos, que o susto da última partida sirva de lição para a humildade não ser esquecida. Acredito que o time de Marcos e Vagner Love volte à elite do futebol brasileiro, mas para isso terá que dedicar mais tempo aos treinos e preparo psicológico e menos aos discursos recheados de hipocrisia.

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Discurso e hipocrisia