O zagueiro inglês John Terry, capitão do Chelsea, se declarou inocente das acusações de racismo no primeiro dia do julgamento que foi instaurado após o atleta ter supostamente insultado seu compatriota Anton Ferdinand, jogador do Queens Park Rangers.

O zagueiro da seleção inglesa está sendo julgado em um tribunal de Westminster (Londres), onde poderá receber como pena máxima uma multa de pouco mais de 3 mil euros. Após essa sessão de segunda-feira, o processo ainda deve se estender por mais cinco dias.

Terry, de 31 anos, está sendo acusado de ter insultado Ferdinand durante uma partida do Campeonato Inglês, disputada no dia 31 de outubro de 2011, no estádio londrino de Loftus Road.

Dois companheiros de equipe de Terry – o lateral Ashley Cole e o volante nigeriano John Obi Mikel, que estavam a poucos metros do zagueiro quando o mesmo teria insultado Ferdinand -, não serão citados como testemunhas por nenhuma das partes envolvidas.

Em dezembro, a promotoria britânica apresentou uma acusação contra Terry por um suposto “delito de alteração da ordem pública com agravante racial”. Essa decisão foi anunciada com base na análise de um vídeo, onde o zagueiro aparece se dirigindo a seu compatriota com termos supostamente racistas.

O processo, que já havia iniciado, acabou sendo adiado pelo juiz de distrito Howard Riddle. Na verdade, a autoridade aceitou um pedido da direção do Chelsea para que adiasse esse julgamento até o término da Eurocopa da Polônia e Ucrânia.

O fato do zagueiro não ter sido declarado culpado antes do torneio acabou facilitando sua convocação para Eurocopa, onde a Inglaterra acabou sendo derrotada nas quartas de final, nos pênaltis, pela Itália.

Mesmo assim, a Federação inglesa de futebol (FA) decidiu retirar a faixa de capitão da seleção que Terry usava até então por causa dessas acusações, uma medida que também influenciou na saída do até então treinador Fabio Capello.

Na ocasião, o ex-técnico considerou que o organismo máximo do futebol inglês tinha tomado uma decisão contra seu critério e, por isso, apresentou sua demissão no dia 8 de fevereiro. 


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John Terry se declara inocente das acusações de racismo diante do tribunal