O atacante Sebastián Abreu, da seleção uruguaia e do Botafogo, afirmou neste sábado, em entrevista à Agência Efe, que a campanha da Copa do Mundo de 2010 e esta da Copa América fez com que o povo uruguaio se identificasse mais com os jogadores de seu país.

“Já foi gerado algo muito bom depois do Mundial. Mudaram, por exemplo, as camisas nas ruas. Estava acostumado a ver as crianças uruguaias pedirem para seus pais as camisas de Cristiano Ronaldo, Messi, e hoje saem às ruas com minhas camisas e também do Lugano, Suárez e Forlán. Meu filho me pede: ‘Loco Abreu me dá um autógrafo?’. E eu sou o pai dele…Essas coisas são muito boas”, admitiu Loco.

“Hoje temos a possibilidade de ter uma química muito linda, muito positiva com as pessoas, sobretudo com a de nosso país, uma identificação muito clara”, acrescentou.

O jogador, que sempre aparece gravando cenas com sua câmera, disse que esta ideia surgiu em 2007 para mostrar para as pessoas de fora o que acontecia nos bastidores da seleção.

“A ideia da câmara começou em 2007 para que familiares e amigos pudessem entender melhor o que a seleção estava vivendo. Eu uso como uma lembrança para meus companheiros, famílias, filhos, futuros netos e amigos. Mostrar que atrás de um jogador há um ser humano que sofre, que ri, que chora, que passa por momentos especiais e tem problemas que nem todos”, declarou Loco.

No entanto, o atacante da seleção uruguaia disse que agora as filmagens têm um objetivo ainda maior, que seria a criação de um documentário. Os lucros desse filme seriam doados para instituições carentes.

“Temos agora uma Fundação, a Fundação Celeste, que surgiu durante a Copa do Mundo para ajudar diferentes classes sociais. A ideia agora é utilizar as filmagens das eliminatórias, do Mundial, e de toda esta Copa América para fazer um documentário. Os lucros desse documentário serão destinados a solucionar as carências de muitas pessoas”, finalizou o jogador.


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Loco Abreu comemora fase do Uruguai: "Hoje saem às ruas com minhas camisas"