Ele está prestes a completar 50 anos de vida e sua história é conhecida. Com fama de “bad boy” e uma coleção de polêmicas, Alexandre Frota de Andrade, nascido no dia 14 de outubro de 1963, já fez praticamente de tudo. E agora lança, nesta quinta-feira (26), a sua biografia, escrita por Pedro Henrique Peixoto.

Em entrevista exclusiva concedida ao Virgula Famosos, Alexandre Frota falou sobre o que lhe motivou lançar o livro, sobre seu projeto de transformar sua história em um documentário, e, é claro, sobre polêmicas. Sexo, drogas e televisão. Assuntos que são bem familiares a esse quase cinquentão.

Leia abaixo a entrevista exclusiva com Alexandre Frota.

Virgula Famosos – Por que você resolveu lançar uma biografia sua?

Alexandre Frota – Pela história de vida que eu tenho, as coisas pelas quais eu passei, e para deixar isso registrado. Eu sou um cara tão criticado, tão julgado e tão discutido pela imprensa e pelo público, que eu quis deixar a minha versão também. Porque eu sou uma pessoa autêntica. Eu posso ter diversos defeitos, mas se tem uma coisa que as pessoas não podem tirar de mim, essa coisa é a minha autenticidade.

Você se considera injustiçado pela mídia?

Não. Eu me considero, às vezes, traído por determinados profissionais da televisão, mas injustiçado pela mídia não. A mídia fala o que quiser, eu nunca me perturbei com o que a mídia fala. Eu vivo uma eterna história de amor e ódio com a mídia. Muitas vezes, eu estou em cima, muitas vezes eu estou embaixo. É um jogo interessante, é um jogo bacana.

O livro traz alguma história sua nova, ou ele apenas reúne a sua versão já contada?

Não é só para reunir a minha versão. É para reunir, na verdade, uma série de acontecimentos que realmente ocorreram na minha vida. Tem coisas engraçadas, mas tem acontecimentos também pesados, relacionados a sexo, drogas. Eu até concordo que, às vezes, é chato uma pessoa ser citada, mas nesses casos são de pessoas que fizeram parte da minha vida.

Você falou com alguma das pessoas que são citadas?

Não. Não falei, não pedi autorização, não liguei. Eu contei a minha história. Independente se alguém vai gostar ou reclamar. As pessoas com quem eu falei, e estão no livro, são pessoas que fazem parte do meu círculo de amigos e deram depoimentos para o livro. Tem depoimento de Eri Johnson, Maurício Mattar, Fernando Meirelles

Falando sobre drogas, em que momento você percebeu que o uso de drogas se tornou um problema na sua vida, e quando você se viu livre delas?

Eu me vi livre em 2007, e até hoje eu estou completamente limpo. Na verdade, a separação dos meus pais, quando eu tinha nove anos, me perturbou. Eu começo a minha infância de forma diferente, morando com a minha avó. Isso foi muito marcante para mim, fez com que eu não acreditasse na família e com que eu vivesse muito sozinho. Então, eu acabei buscando nas drogas uma felicidade mentirosa, um desejo vazio e isso virou um vício. Tudo que eu construía, tudo que eu montava, eu perdia. Só que eu não queria ser encontrado morto, como foi com o Chorão, eu não queria cometer suicídio. Então eu falei: “Cara, eu tenho que parar, eu tenho que sair disso”. E em 2007 aconteceu, eu tive esse encontro com Deus, porque até então eu não acreditava em Deus, eu não acreditava em nada. Eu cheguei a queimar uma Bíblia que eu tinha ganhado.

Seus pais se separaram quando você tinha nove anos, mas você começou a usar drogas quando?

Eu tinha 18, 19 anos. Entretanto, teve alguns momentos que eu fiquei sem usar. Como, por exemplo, o tempo que eu fiquei casado com a Claudia Raia, que foi cinco anos, eu parei.

Você já deu algumas declarações à imprensa, a respeito do seu livro, que são sobre mulheres. Qual a importância delas na sua vida?

Cara, é importante demais a maioria das mulheres que são citadas no livro. Todas elas têm uma importância na minha vida. Então, eu não poderia deixar de citá-las. E só agora, ao escrever o livro, que eu resolvi citá-las.

Você já levou um fora?

Muitos. Eu acho normal isso, acho que é tranquilo. Faz parte do jogo da vida. Mentira se alguém disser que nunca levou um fora.

Você tem um projeto na produtora O2 com o Fernando Meirelles…

Sim, mas eu não posso falar disso ainda. É um projeto que eu coloquei para apreciação da O2, que foi aprovado, mas nós só vamos falar sobre isso no ano que vem. Ele está em fase de construção ainda.

Esse projeto é a filmagem da sua biografia?

Não. O meu projeto com a O2 não tem nada a ver com a minha biografia e eu nunca convidei o Fernando Meirelles para filmar a minha biografia. Eu já disse, em entrevistas, que se eu pudesse escolher um diretor para filmar a minha história, eu chamaria o Fernando Meirelles, mas eu nunca o convidei para isso. O meu assunto com o Fernando é outro, eu nunca disse que ele ia filmar. Aliás, eu nunca falei em filmar em biografia. O que eu sempre falei foi em fazer um documentário.

Você já conversou com alguém sobre fazer um documentário?

Sim, eu venho falando com o Pedro Henrique Peixoto, que é o autor do livro e também seria o diretor do documentário.

Se fossem filmar uma biografia sua, quem você gostaria que o interpretasse?

Thiago Martins. Eu adoro ele, ele é meu amigo, e eu acho que ele faria bem.

Você recentemente deu algumas declarações a respeito do reality show A Fazenda…

Sim, e a minha crítica sobre o programa continua. Eu acho que A Fazenda é um projeto que está sendo jogado fora pela Record. É uma audiência deprimente, que não condiz com o gasto que o programa teve. É um programa que deixa a desejar, o roteiro é mal amarrado, as provas são duvidosas, existem contratos de gavetas…

Por que você resolveu dar essas declarações?

Eu sou um apreciador de reality shows e tenho interesse no formato. Eu participei de A Fazenda em Portugal, e fui eu quem trouxe o formato para o Brasil, quando eu voltei, em 2005. Eu mostrei o projeto para os diretores da emissora e dois anos depois eles resolveram produzir. Eu tenho algumas informações privilegiadas, eu tenho quase sempre os resultados das provas antes do programa começar, e aí é uma maneira que eu encontrei de mexer nesse bolo, mas no fundo acabo dando mais audiência para eles.

Você também afirmou que a Monique Evans tentou hackear seu Facebook…

Tentou não. A gente pegou uma conversa da Monique com um hacker e horas depois o meu Facebook foi bloqueado. Nesse momento, o meu perfil não pode curtir nem pode compartilhar. O meu Hotmail particular também caiu.

Mas como você pegou uma conversa dela?

Essa conversa foi pega via Twitter.

Você tomou alguma providência?

Eu fui a uma delegacia e aproveitei para registrar um boletim de ocorrência contra cinco perfis falsos, que dizem ser meus no Twitter. Eu não tenho Twitter nenhum, são todos falsos.


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Sexo, drogas e televisão: Alexandre Frota conta sobre polêmicas recentes e o lançamento de sua biografia