Sem gravadora pela primeira vez desde o início dos Titãs, o cantor Nando Reis falou abertamente à edição da revista Playboy deste mês de setembro. Ele comentou sobre suas memórias familiares, fez desabafos e teve picos de raiva, como este: “Acho que a crítica musical no Brasil é ridícula. Medíocre. Nunca a primeira página de um caderno vendeu um disco a mais. Eu sei disso”. E também falou sobre o rock nacional. “Não curto, não ouço”, enfatizou.

Ao falar da família e relembrar as consequências da meningite em dois familiares (um perdeu a audição e a outra teve paralisia cerebral), Nando confirmou sua descrença no todo-poderoso. “Eu sou músico e meu irmão não ouve. E ele vai aos meus shows… Eu não acredito em Deus. Eu não peço a Deus…”, confessou ele, antes de fazer uma revelação. “Gosto de ouvir padre falar e tudo mais. Já tive vontade de ser padre quando era pequeno”, contou.

Ao comentar sobre a aplicação da Lei Rouanet e sua fiscalização, o músico se exaltou diante da relevância dada à discussão frente a outros temas de interesse público que considera mais urgentes. “É muito mais importante discutir a Previdência do que isso se estamos falando de dinheiro público!”, opinou o artista, que teve a captação de recursos aprovada para conseguir fazer shows no interior da cidade de São Paulo.

Sobre a volta do grupo Titãs, que celebram 30 anos da banda, o ruivinho foi bem claro ao falar sobre o assunto. “Estamos comemorando um aniversário, a gente não vai casar de novo”.


int(1)

Nando Reis fala sobre a crítica musical no país, a vontade de ser padre e da "volta" da banda Titãs