Em uma época na qual as amizades são medidas pelo número de contatos no Facebook, quem busca na internet algo mais do que amigos encontrou seu cupido particular em redes sociais como o Tinder, que transforma telefones celulares em ferramentas para o flerte.

Com menos de um ano de vida, o Tinder, só disponível para dispositivos da Apple, já é um dos aplicativos gratuitos mais populares nos Estados Unidos, segundo a AppData, após fazer sucesso nas universidades do país como uma forma fácil, rápida e adicional para conhecer gente nova.

O serviço já gerou mais de 75 milhões de encontros dos quais somente 50 terminaram em casamento, segundo a Business Insider, o que evidência sua utilização como meio para conseguir relações esporádicas.

Os usuários se conectam com seu perfil do Facebook, selecionam sua foto de apresentação, a faixa etária das pessoas que gostariam de ter contato e estabelecem uma área de busca.

O resultado é um conjunto de imagens de pessoas que se encaixam com esses parâmetros genéricos. Quem for do agrado estético do usuário é marcado com um “like” de forma anônima e só no caso de as duas partes se sentirem atraídas mutuamente é revelada sua identidade e permitida a troca de mensagens.

“Eu já quase não uso o Facebook”, disse à Agência Efe um usuário habitual do Tinder que não quis revelar sua identidade publicamente e que confirmou que se trata de uma rede social “muito sexual”, embora também possa levar a encontros mais sérios.

Em uma tentativa de ampliar o uso do Tinder, seus criadores, a empresa de Los Angeles Hatch Labs, lançou em maio a opção de “Matchmaker” que permite ao usuário funcionar como cupido e apresentar de forma virtual duas de suas amizades do Facebook que acredita que combinem, sem necessidade de revelar sua informação de contato.

Parecido com o Tinder é seu antecessor Hot or Not, que dominou no começo da década passada como portal de internet no qual se pontuava as pessoas em função de sua aparência física e que agora sobrevive como aplicativo.

Quem tiver curiosidade de saber quais de seus amigos no Facebook estariam interessados em ter uma aventura com eles podem recorrer ao Bang With Friends que funciona tanto para a versão web da rede social como em forma de aplicativo para Android.

Bang With Friends corre em paralelo ao Facebook e serve para que o usuário indique de forma anônima quais de seus amigos o atraem sexualmente. De novo, o nome não é revelado salvo se o interesse for correspondido.

Para os que querem encontrar seu cônjuge as opções são maiores.

Portais de entrevistas especializados em formar casais duradouros e nos quais se levam em conta mais fatores além da fotografia como o Match.com, eHarmony e Zoosk contam com versões para celular, onde recentemente também foi lançado o LeT’s Date.

Da mesma forma que no Tinder, o LeT’s Date localiza possíveis casais em um raio próximo ao usuário, que para ser membro precisa ter uma conta ativa no Facebook, com mais de um ano e com um mínimo de 50 amigos para evitar perfis falsos na medida do possível.

Ao contrário do Tinder, o LeT’s Date elabora uma ficha de identificação com os gostos e interesses dos usuários e a expõe aos outros membros da plataforma, que de forma anônima podem indicar de quem não gosta.

O sistema vai aprendendo assim sobre as preferências do usuário para propor casais que encaixem melhor com suas inclinações.

Não faltam aplicativos específicos para o coletivo gay, como o Grindr e o Mister, apesar do Tinder estar aberto aos encontros homossexuais. 


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Aplicativo "Tinder" faz sucesso por facilitar o flerte entre as pessoas