Geo

Divulgação Geo

Apontada pelo Deezer como uma das apostas da música brasileira em 2018, a santista Geo de 23 anos é prova de que o pop nacional, assim como o gringo, tem assimilado o R&B com finesse e produzido músicas de alta voltagem.

Enquanto o EP Salva-Vidas, lançado em outubro, segue rendendo e a expectativa pelos seus próximos trabalhos, crescendo, nós falamos com a garota que tem tudo para ser uma sensação de 2018 – e dos próximos anos – sobre influências, tendências e outros assuntos.

Que artistas novos mais gosta e indica?
Geo – Ando ouvindo muito rap! Foi o gênero que marcou meu 2017: Bivolt, Souto MC, Flora Matos, Baco Exu Do Blues, Don L, NiLL, Yung Buda. Sobre bandas, tem também o pessoal da OZU que faz um downbeat nacional maravilhoso, a galera da Tupimasala, da Gomalakka e da Blues Drive Monster! No pop tem meus anjos: CHONPS e Phillip Nutt.

Crê que exista algo na sua música que seja específico do seu lugar de origem?
Geo – Se pensarmos que meu local de origem é Santos, a cidade e a convivência com a praia inspiraram bastante as letras do meu EP “Salva-Vidas”. Falo muito sobre o mar, sobre a ressaca e sobre forças maiores como o oceano. Até a mix do EP foi inspirada no mar.

Com quantos anos você está? Se sente parte de alguma cena? Que características crê que defina a sua geração? 
Geo – Eu tenho 23 anos. Não me sinto parte de nenhuma cena específica, eu transito entre vários amigos que fazem muitos tipos de som! Mas profissionalmente, a cena onde eu mais me sinto confortável é a de rap e R&B.

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Quem são suas heroínas e heróis musicais?
Geo – Acho “herói” uma palavra muito forte, mas minhas primeiras grandes inspirações sempre foram Madonna, Amy Winehouse e Freddie Mercury!

Você acha importante levar em consideração o gênero da artista, como evitar que isso tire o foco na música em si?
Geo – Não acho importante definir gênero. A arte é flexível e pode se enquadrar em diversos aspectos. Quando você se prende nessa educação ocidental de categorizar e classificar tudo, você se priva de muita coisa boa e de muito aprendizado. O gênero musical cria uma zona de conforto, mas se desprendendo dela, a gente consegue dar um foco muito maior pro produto musical em si.

Desculpa, a minha pergunta ficou dúbia, mas sua resposta saiu melhor que a encomenda. Eu me referia ao gênero feminino…
Geo – Sendo mulher e fazendo música e letras do ponto de vista de uma mulher, acho muito importante levar em consideração o gênero do artista. O mercado da música – isso inclui os músicos, empresários, gravadoras, donos de casas de show, jornalistas, técnicos de som e de luz – é muito masculino e consequentemente muito machista. Subir em um palco sendo mulher é político, escutar e apoiar artistas mulheres também.

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Créditos: Caroline Lima

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