Uma das britânicas que estavam a bordo do navio-escola canadense Concórdia, que naufragou na quinta-feira (18) na costa brasileira, falou nesta quarta-feira (23) à imprensa de seu país sobre as 40 horas que a embarcação ficou à deriva no Oceano Atlântico.

Sarah Calascione, de 19 anos, estava entre os 41 estudantes da instituição de ensino West Island College a bordo do navio. Também havia 23 tripulantes na embarcação.

Os estrangeiros foram resgatados dos botes salva-vidas por dois navios mercantes e uma fragata militar brasileira. As três embarcações navegavam próximo ao local onde o veleiro canadense de três mastros afundou devido ao mau tempo que se abateu sobre o litoral do Rio de Janeiro.

“Não pensei que seríamos salvos”, declarou Sarah. “O equipamento de rádio estava danificado, assim só tínhamos o aparelho que manda sinais via satélite, mas não era captado”, acrescentou. “Não foi antes de 30 horas que o avião de socorro viu o nosso barco”.

A estudante garantiu não ter se ferido gravemente, apesar de haver recebido um golpe súbito nas costas quando o navio virou. De acordo com ela, as pessoas estavam com medo da temperatura das águas do Atlântico.

O pai de Sarah, Jonathan Calascione, disse que foi um grande alívio saber que a filha havia sobrevivido ao naufrágio e não estava ferida.

Os estudantes haviam embarcado para uma viagem ao redor do mundo, que duraria cinco meses e custou a cada um 25 mil libras esterlinas (o equivalente a cerca de R$ 70 mil). O veleiro iniciou a expedição no dia 9 de setembro do porto canadense de Lunenburg.


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Estudante britânica relata momento do naufrágio na costa brasileira