Após dois anos fora do circuito do heavy metal nacional, o Angra retorna oficialmente aos palcos paulistanos neste sábado, dia 9 de maio, muito bem acompanhado pela maior banda do estilo em território nacional, o Sepultura.

 

Com a volta de Ricardo Confessori à bateria da banda, Kiko Loureiro, Rafael Bittencourt e companhia matam a saudade dos fãs paulistanos de metal melódico e apresentam sua nova velha cara a seu fiel público.

 

Conversamos com o guitarrista Rafael Bittencourt, que deu as pistas de como será o caminho do Angra de volta ao panteão do som pesado tupiniquim.

 

Virgula –  Como é ficar dois anos parados e ter a chance de tocar com a maior banda do metal nacional logo na volta aos palcos?

Rafael Bittencourt –  Ficar parado é uma bosta! (risos) Sentia falta de poder colocar o pé na estrada, saudades de tudo que envolvia a banda. Sem sentir o feedback do nosso público, pois fica um certo vazio. O Angra ocupou muito espaço na minha vida e é uma honra voltar logo com o Sepultura.

 

Virgula –  Como foram os ensaios? Vocês mudaram os arranjos de algumas faixas para se readaptar à nova formação?

 

Rafael Bittencourt –  A pegada do batera e os detalhes mudam um pouco. O Ricardo é um baterista experiente e tem total liberdade para dar sua cara às músicas. Não descaracterizamos nenhuma música, apenas demos espaço pra que ele ficasse confortável.

 

Virgula – Você poderia falar sobre o que representa o retorno do Ricardo Confessori ao Angra?

 

Rafael Bittencourt –  Chegamos em um ponto onde era inevitável uma troca de bateristas. Tínhamos que encontrar alguém pra substitruir o Aquiles (Prestes). Quando foi necessário fazer essa troca, optamos por ele por causa de sua experiência de palco.

A troca calhou de acontecer quando eu estava me reaproximando pessoalmente do Ricardo e vimos que ele preenchia melhor todos o requisitos que tínhamos. Fizemos alguns testes com bateristas mais novos, mas não sabiamos se eles aguentariam uma turnê sem

preparação. Nós sempre tentamos evitar mudanças na formação, é uma política nossa.

 

Virgula – Vocês estão atualmente tocando por aqui ao lado do Sepultura, mas sabe-se que vocês também são muito respeitados fora do Brasil. Já existem planos de turnê internacional?

 

Rafael Bittencourt – Por enquanto faremos só Brasil e America Latina. Tem um show prtaticamente confirmado em Portugal e esperamos fazer ainda muitos shows por aqui. Estamos construindo uma logistica. Temos recebido convites individuais para tocar em alguns lugares, mas estamos dando preferência para os shows ao lado do Sepultura.

Virgula – Já existe alguma previsão para gravação de um álbum novo do Angra?

 

Rafael Bittencourt – É bem cedo ainda. Temos planos de, no segundo semestre, começar a compilar material dessa turnê. Não sabemos ainda o que fazer com isso, queremos captar umas imagens e gravar alguns shows. Podemos lançar um DVD ou um CD de inéditas, mas acredito que seja ainda muito cedo para falar em gravações e estúdio.
 

Virgula – Pra fechar, o que você achou do A-Lex, o disco novo do Sepultura? Você curtiu?

 

Rafael Bittencourt – Não ouvi inteiro ainda, mas curti as músicas que escutei. Vejo a banda se fortalecendo de novo e eles estão se mostrando capazes de se renovar e de se superar. O Sepultura continua a melhor das bandas brasileiras de metal e eu tenho orgulho deles serem do meu país, assim como tenho orgulho do Angra. Essa turnê vai ser uma celebração da superação dentro do estilo e espero mesmo que todos vocês fiquem tão animados quanto nós estamos.

 

SERVIÇO

 

Angra e Sepultura no Via Funchal

 

Quando: 9 de maio (sábado)
Onde: Via Funchal – Rua Funchal, 65
Quanto: R$ 80 (pista), R$ 100 (mezanino), R$ 140 (camarote)
Ingressos: Nas bilheterias do Via Funchal
Classificação: Livre

 


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