Com 250 milhões de membros e um crescimento que parece imparável, o Facebook, a principal das redes sociais, anunciou esta semana o número recorde de usuários e muitos começaram a perguntar agora quando aproveitará o sucesso para começar a cotar em bolsa.


 


Em cinco anos – o site foi fundado em 2004 por Mark Zuckerberg, então estudante de Harvard -, o Facebook passou de uma modesta página limitada a alunos da universidade ao destino favorito na internet de milhões de pessoas no mundo todo.


 


E não se trata apenas de quantos visitam a página. Segundo números da empresa de consultoria Nielsen, o usuário comum dedica ao Facebook uma média de quatro horas e 40 minutos ao dia, um tempo que não é alcançado nem de perto por outros grandes como Google e Yahoo!.


 


Isso quer dizer que, enquanto alguns usuários simplesmente atualizam seu perfil ou colocam fotos de vez em quando, outros estão passando oito horas diárias, ou até mais, se comunicando ou navegando entre as centenas de aplicativos disponíveis.


 


O Facebook também cresce mais depressa que os demais. Precisou de apenas quatro meses para passar de 150 para 200 milhões de usuários e demorou só três para conseguir os 250 milhões, um número não atingido nem pelo MySpace em seus melhores momentos.


 


“O que será maior no final do ano, a população do Facebook ou a dos EUA?”, questionava esta semana Rick Munarriz, analista do grupo multimídia de serviços financeiros The Motley Fool.


Na realidade, o Facebook cresce no momento com mais velocidade fora do que dentro do mercado americano, onde o verdadeiro boom de usuários aconteceu há dois anos.


 


O Facebook sugeriu até que uma de suas atuais prioridades é ganhar usuários em países onde o acesso à internet pelo computador não é tão difundido, mas onde todos os cidadãos têm telefone celular.


“Enquanto celebramos nosso usuário 250 milhões, continuamos desenvolvendo o Facebook para servir ao maior número de pessoas no mundo todo e da forma mais eficiente possível”, escreveu esta semana Zuckerberg no blog da própria empresa.


 


“Isso significa chegar a todos e fazer produtos que sirvam a todos vocês, independentemente de onde estejam, através do Facebook Connect, dos novos produtos para celulares e de outras coisas que estamos criando”, explicou.


 


Porém, apesar do sucesso, muitos especialistas seguem se perguntando até que ponto o Facebook é rentável e se a companhia conseguirá em algum momento transformar em dinheiro sua popularidade e enorme rede de usuários.


 


As finanças do Facebook são um dos segredos mais bem guardados do Vale do Silício, na Califórnia. Segundo algumas fontes ligadas à empresa, a rede social poderia registrar este ano uma alta na receita de 70% e alcançar fluxo de caixa positivo no próximo ano, mas o Facebook não confirma os rumores.


 


A outra pergunta é quando Zuckerberg decidirá finalmente levar a companhia a cotar em bolsa. Nos últimos meses, a rede social deu sinais de que sua entrada no pregão estaria próxima.


 


Quando em março passado foi anunciada a saída de seu então responsável de finanças, Gideon Yu, foi dito que se buscava alguém com experiência em empresas que cotam em bolsa para substituí-lo.


Esta semana, os rumores de uma iminente oferta pública de ações do Facebook cresceram com o anúncio de que a firma russa de investimento Digital Sky Technologies comprará dos empregados da rede ações no valor de até US$ 100 milhões.


 


A Digital Sky Technologies está disposta a pagar US$ 14,77 por título, o que o Facebook avalia em US$ 6,5 bilhões e permite dar uma ideia do que valerá a rede social em bolsa quando seus donos se decidirem finalmente em colocá-la no mercado.


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Com 250 mi de usuários, Facebook é aguardado em bolsas de valores