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The Queen is Back! Esta foi a música escolhida por Donna
Summer
 para abrir seu show de ontem (10/11) à noite em São Paulo, no Credicard Hall
(ela retorna à casa de shows nesta quinta, 12). Faixa tirada do álbum Crayons,
lançado em 2008, The Queen is Back traz citações de hits como Love to Love You e
She Works Hard for The Money e deixa claro aos súditos que aturaram o atraso de
mais de uma hora pelo início do show que Donna Summer continua sendo rainha.

 

O repertório mesclou hits de toda a carreira com faixas de
seu último álbum, que teve produção de nomes quentes como Jo Bogaert, responsável
pelo sucesso S.O.S., de Rihanna. Com isso, Donna deixa claro que, mesmo
com um repertório poderoso, precisa de material novo para se renovar. Mas
não era bem isso que seu público, com faixa de idade acima dos 35 anos, esperava. A
plateia até que ouviu com atenção suas novas criações, mas só explodiu mesmo
quando tocaram os clássicos.

 

O superhit I Feel Love foi executado com arranjo
absolutamente igual ao da gravação original. Aliás, graças a Deus, todos
os hits foram tocados em versões absolutamente fieis às gravações originais. Com sua
competente banda, Donna reproduziu as camadas de sintetizadores que
mudaram a história da música. O vocal etéreo também estava lá, assim como a sensação de
que tudo que você ouve hoje em dia em termos de dance music:
trance, techno, electro, hip hop… Tudo em uma música! O show poderia ter
acabado ali! Mas seguiu com a melodia incrível de Could Be Magic, e o público,
que já estava em pé (show de disco music com cadeiras? hmmm…), aprovou. Em seguida,
Dim All The Lights, faixa do lendário Bad Girls, nos levou direto aos anos 70. A pista delirou.

Do disco mais recente, I’m On Fire, mostra Donna Summer em sintonia com a dance
music atual – tanto é verdade que três faixas desse álbum atingiram o topo da
parada dance da Billboard. Em seguida vem Sand in My Feet, uma doce
balada. O público aplaude, chama a cantora de gostosa (mesmo com seus
quilinhos a mais, ela continua!), mas quer hits. E ela manda On the Radio, que
emociona a plateia. Muito simpática, falando entre as músicas, a cantora
declara seu amor pelo Brasil, desenvolvido ao longo das duas turnês que fez por
aqui nos anos 90.

 

O público parece não se cansar e ganha mais hits. No More
Tears
, um dos mais famosos duetos da música, entre Donna Summer e Barbra
Streisand
, foi dividido com uma de suas backing vocals e já nos primeiros
acordes levou o público à histeria. Em seguida vem Smile, uma homenagem a
Michael Jackson (a canção era a preferida dos dois, que eram amigos). 

 

A última parte do show enfia os pés nos megahits: She Works Hard
for The Money
, de 82, com levada new wave, Bad Girl, e sua pegada disco
funk, Hot Stuff, disco rock perfeita até hoje… Para o bis, nada mais apropriado
do que Last Dance, uma última chance pra dançar no show.

 
Donna Summer sai do palco e deixa a certeza de que é uma artista de vanguarda,
comprometida com a inovação. Afinal, seus hits teriam bastado, mas ela trouxe
material novo e bom. Aos fãs, restava sair daquele clima Studio 54 e cair no
apagão que tomava conta da cidade – situação mais surreal. Vida longa à rainha!

 

Mauro Borges é DJ e produtor. Começou a carreira no clube
Nation, em 88, foi integrante do grupo Que Fim Levou o Robin? e ajudou a
popularizar a disco nos anos 90 tocando Donna Summer no clube
Massivo, do qual era sócio. Atualmente, é residente do clube A Lôca, em SP


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Donna Summer prova que continua na vanguarda da dance music