É comum que em tempo de uma profunda crise que as vendas da maior parte dos produtos de consumo caiam, uma vez que as pessoas pensam em poupar gastos para superar um momento de dificuldade. No entanto, a comercialização de batom costuma apresentar desempenho oposto ao do crescimento da economia.

O fenômeno é conhecido como “Índice Batom” e foi criado pelo presidente da empresa de cosméticos Estée Lauder, Leonard Lauder. Ele percebeu que logo após os atentados de 11 de setembro de 2001, a venda de batons de sua empresa apresentou crescimento em relação aos anos anteriores.

A teoria constata que o fato do batom ser um produto relativamente barato faz do ato da compra um momento de rara felicidade. Segundo Lauder, as consumidoras buscam prazeres mais acessíveis em uma economia em crise, já que um simples batom pode não pesar no orçamento da casa.

No entanto, a tese de Lauder se mostra contraditória, já que os batons também apresentam crescimento em momentos de prosperidade. A única certeza é que estes produtos não costumam sofrer com um cenário recessivo, como é comum principalmente para “supérfluos”. O exemplo claro vem das quedas nas vendas de roupas das principais marcas.

Um exemplo claro do Índice Batom já acontece no Brasil. A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), anunciou recentemente que espera para 2009 crescimento de 4% no número de postos de trabalho.

Uma das teses que comprovam a teoria é que as vendas de batom nos EUA no outono de 2001, cresceram 11%, de acordo com dados da revista The Economist. Na publicação, Dhaval Joshi da consultoria RAB Capital, explica que historicamente o setor é conhecido por crescer em momento de crise.


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Em meio à crise, vendas de batom crescem