O Evanescence fechou com chave de ouro a maratona rock and roll em São Paulo neste fim de semana. O grupo americano realizou uma animada performance no encerramento do segundo dia do festival Maquinária, que contou com um público, de acordo com os organizadores, de cerca de 16 mil pessoas – 8 mil a menos que no sábado (8), o que se pôde notar pelo vazio presente em boa parte da arena montada na Chácara do Jóquei (zona oeste de São Paulo).

 

Apesar de estar em menor número e do incômodo com a chuva, que caiu fraca mas insistentemente ao longo de todo o tempo, o público não desanimou e foi ao delírio com a banda americana capitaneada pela vocalista Amy Lee, que baseou sua performance no repertório de seus dois discos (Fallen, de 2003, e The Open Door, de 2006). 

 

Tanto o Evanescence quanto a plateia fizeram, ao longo de cerca de 1h30 de apresentação, exatamente o que deles se espera. Por um lado, o grupo não deixou nenhum hit de lado – de Bring Me To Life a My Immortal, passando por Call Me When You’re Sober e Going Under, todas interpretadas com um peso surpreendente, em parte facilitado pelo ótimo som do palco principal do Maquinária. 

 

Enquanto Amy Lee e companhia carregavam nos decibéis no palco, os fãs (em sua maioria, do sexo feminino e visual “gótico”)  também faziam muito barulho, cantando os refrões a plenos pulmões, gritando a cada início de música e batendo palmas e assoviando a cada “obrigado!” da vocalista, que parecia muito feliz com a participação do público e até fez um baita elogio aos brasileiros: “Vocês não são normais. São muito, muito especiais!”, afirmou.

 

Danko Jones

 

Tão especial quanto o comportamento dos brasileiros em shows de rock foi a última apresentação do palco MySpace. Pouco conhecidos no Brasil, os canadenses do Danko Jones conquistaram a plateia – pelo menos, aqueles que não ficaram colados no palco principal, esperando a entrada do Evanescence – com uma performance bem energética, fazendo o show mais rock and roll de todo o festival.

 

Mesmo sem saber as músicas, muita gente delirou com o som estilo AC/DC do Danko Jones. E também com a ótima presença de palco do vocalista e guitarrista homônimo, dono de uma língua afiada: entre outros comentários, disse que queria tocar no palco principal do Maquinária em 2010 e xingou os “c¨&¨$%# que estão lá do outro lado”, em suas palavras, aguardando Amy Lee e seus parceiros.

 

Piadas de palco à parte, ele tinha certa razão, pois não fazia sentido estar tão perto e não conferir um show tão bom quanto o do Danko Jones. Mais uma (boa) surpresa em um dia em que, mais cedo, o Dir En Grey fez um show assustador de tão pesado e o Loaded, de Duff McKagan, tocou um repertório cheio de sons do Guns N’Roses.  

 

Veja como foram os outros shows:

 

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Maquinária 2009: Evanescence é consagrado, mas Danko Jones se destaca