Filhos de esportistas consagrados, que decidem seguir os passos dos pais ou dos tios, sofrem com a pressão e às vezes não suportam a cobrança. Mas não é sempre assim. A orientação precisa que recebem e o apoio ‘técnico’ podem fazer sim toda a diferença para o sucesso na carreira. E até abrir ‘portas’, por que não? Alguns chegaram a superar o feito de seus genitores. Outros nem tanto. E alguns ainda sonham com sucesso. Confira aqui!


 


Martine Grael – iatismo
Ela é a filha caçula de Torben Grael, o maior e mais completo velejador do Brasil na atualidade. Além das cinco medalhas olímpicas (duas de ouro, duas de prata e uma de bronze), Torben conquistou em junho deste ano o título da Volvo Ocean Race, uma espécie de Copa do Mundo da Vela. Martine, que vive neste universo náutico desde que nasceu, decidiu seguir os passos do pai, um dos poucos velejadores profissionais do país. Aos 18 anos, já ostenta o título de bicampeã brasileira da classe olímpica 470. Esta semana ela disputa o Mundial da Juventude de Vela, em Búzios. E sonha com mais. Quer uma vaga para representar o Brasil na Olimpíada de Londres, em 2012.


 


Nelsinho Piquet – automobilismo
Ele não apenas tem o mesmo nome do pai como também decidiu seguir a carreira do tricampeão mundial de F-1. Começou bem. Faturou títulos no kart, foi piloto revelação da F3 Sul-Americana, categoria na qual foi campeão quatro corridas antes da final, brilhou na F-3 Britânica, quando foi convidado para fazer testes na Williams. Com equipe própria, a Piquet Sports, destacou-se na GP2 com o vice-campeonato na temporada 2006. O resultado rendeu contrato como piloto de testes da Renault, na Fórmula 1, em 2007. No ano passado, como titular da escuderia francesa, subiu ao pódio com um segundo lugar no GP da Alemanha. Um ano depois, há rumores de que seu lugar na equipe, onde ainda não conseguiu nenhum ponto nesta temporada, esteja ameaçado. A corrida é neste fim de semana, em Nurburgring.


 


Bruno Senna – automobilismo
Sobrinho do tricampeão mundial de F-1, Bruno, que costumava correr com o tio no kartódromo particular da família, ficou um longo tempo afastado as pistas depois da morte de Ayrton Senna, em 1994. Este ano, ameaçou ir para a F-1, mas ficou sem equipe. Continua de olho em uma vaga na F-1, seu maior sonho.


 


Christian Fittipaldi – automobilismo
O sobrenome Fittipaldi é praticamente sinômimo de automobilismo. Mais pelas conquistas do tio Émerson, bicampeão mundial de F-1 (72 e 74), campeão mundial de F-Indy (89) e bicampeão das 500 milhas de Indianápolis (89 e 93), que pelas do pai Wilson, que disputou 38 Gps de F-1 entre 1972 e 1974, mas não conquistou nenhum título. Christian deu continuidade ao histórico automobilístico do clã. Destacou-se na década de 90. Correu de F-1 de 1992 a 1994, mas não brilhou como o tio. Morou anos nos Estados Unidos, onde disputou campeonatos na F-Indy e Nascar. Passou pela Stock Car, em 2005, e ainda disputa corridas.


 


Edson Cholbi Nascimento – futebol
Filho de um dos homens mais famosos do mundo, e um dos maiores atacantes e artilheiros da história do futebol, Edinho também quis ser jogador de futebol. Mas não foi longe como o pai, Edson Arantes do Nascimento. No Santos, time que consagrou Pelé, Edinho atuou no gol, onde conquistou o vice-campeonato brasileiro em 1995. Em 1998 encerrou a carreira. E teve sérios problemas com a Justiça. Em 2005 chegou a ser preso sob suspeita de fazer parte de uma quadrilha de traficantes.  


 


Rodrigo Pessoa – hipismo
Filho de Nelson Pessoa, um dos principais cavaleiros do Brasil nas décadas de 50 e 60, Rodrigo é talvez um dos raros casos de esportista que seguiu a mesma carreira do pai e conseguiu ser ainda melhor que seu genitor. Entre Mundiais e Olimpíadas, Rodrigo conquistou o ouro em Atenas, em 2004, e mais duas de bronze individualmente, Atlanta/96 e Sydney/2000. Além das medalhas por equipe. Nelson, que mantém hoje um centro de treinamento de hipismo na Bélgica e é técnico de Rodrigo, participou de quatro Olimpíadas entre 1956 e 1972. Seu melhor resultado foi o quinto lugar em Tóquio, em 1964. Com sua experiência, Nelson ofereceu ao filho os melhores cavalos, como o famoso Baloubet du Rouet com o qual conquistou seus principais títulos.


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O duro desafio de herdeiros que decidem seguir a carreira de pais famosos