Na semana passada notícias de que o Facebook se auto-avaliou em US$ 4 bilhões pipocaram na web, após rumores em relação ao valor atribuído à rede social que mais cresce no mundo.



Em 2007, a Microsoft investiu US$ 240 milhões no Facebook. Na época, a rede foi avaliada em US$ 15 bilhões. Especulações à parte, o fato é que o rumor de que a empresa estaria passando por apuros financeiros e que estaria precisando da ajuda de fundos para pagar suas contas parece não afetar o poder social e econômico do Facebook na era digital.



Na primeira semana de abril, Mark Zuckerberg, CEO e criador da rede, comemorou a adesão do usuário número 200 milhão. O comunicado foi feito no blog oficial da rede e de acordo com Zuckerberg – de apenas 24 anos – o número representa o total de usuários ativos, ou seja, perfis que podem ser de uma mesma pessoa, mas que costumam freqüentar os domínios do site.
Para comemorar, o jovem empresário mostrou um vídeo no qual dizia que se o Facebook fosse um país, seria o quinto mais populoso do mundo, superando Brasil, Japão e Rússia.



Doidos pela rede


A publicitária Juliana Pereira Mazziero, 27 anos, morava na Califórnia na época em que a rede explodiu por lá. “Quando fui morar nos EUA, em 2005, tinha um perfil no Orkut, mas lá todo mundo que eu conhecia estava no Facebook e não tinham Orkut. Foi quando abri minha página”, conta Juliana, que se diverte com a popularidade do site lá fora. “Eles usam o tempo todo, são doidos pelo site! Atualizam muito. Tem um campo, assim como no Orkut, que serve pra você contar o que está pensando. Acho engraçado porque o povo atualiza freneticamente, com frases do tipo “estou estudando”, “hora de ir pra praia”, “estou feliz”, enfim, qualquer bobeira”.



De volta ao Brasil, quatro anos depois, o Facebook se tornou a rede social preferida da publicitária, q ue diz ter muito mais amigos gringos na rede, mas que hoje vários brasileiros já fazem parte dos seus contatos. “Prefiro o Facebook porque tem aplicativos diferentes, o layout é mais legal. O Orkut é meio velho, limitado e quadrado, analisa.



Um relatório divulgado no dia 15 de abril mostra que na Europa o site foi a rede social mais visitada em 11 dos 17 países pesquisados em 2008. De acordo com o estudo, o número representa um crescimento de 314% no continente europeu, no período de fevereiro de 2008 a fevereiro de 2009, o que indica algo em torno de 100 milhões de visitantes únicos mensais.



Em relação à audiência, o site ocupa o topo da lista na categoria rede social no Reino Unido, onde se concentram a maior parte dos internautas europeus, com cerca de 22,7 milhões de visitantes. O segundo país europeu que mais acessa a rede é a França, com a marca de 13,7 milhões de visitantes únicos no mês de fevereiro, seguido por Turquia, com 12,4 milhões.



Poder das massas


O grande trunfo do Facebook é seu poder de chegar às massas e criar uma metamorfose digital. Nenhum outro site ou rede social alcançou em pouquíssimo tempo um número tão grande de usuários diversos, espalhados por quase todos os continentes. Para se ter uma ideia, o centésimo usuário foi conquistado em agosto de 2008. Oito meses depois esse número já havia dobrado.



No início de abril, o New York Times publicou uma matéria sobre o crescimento acelerado da rede social. De acordo com o texto, para exemplificar o papel de conexão que o Facebook exerce, Zuckerberg apontou para a história de Claus Drachmann, professor no norte da Dinamarca que, por meio do site, se tornou amigo de Anders Figh Rasmussen, o primeiro-ministro do país. Drachmann posteriormente convidou Rasmussen para uma palestra aos seus alunos, uma classe com necessidades especiais, e o primeiro-ministro atendeu ao convite no final do ano passado.



Zuckerberg diz que a história ilustra o poder do Facebook de atravessar barreiras sociais arbitrárias, por se tratar de uma mudança gerecional de tecnologia e que para ele o mais interessante era o fato de uma pessoa comum por contatar o primeiro-ministro de seu país por meio da rede social.



Facebook x Orkut


Impossível comparar a popularidade do Orkut em relação ao Facebook no Brasil. A maioria dos brasileiros não abre mão de ter seu perfil no Orkut, mas poucos se aventuram pelo Facebook. Talvez pelo hábito do brasileiro de ser fiel à marca (o Orkut foi a primeira rede social a chegar por aqui), ou pelo Orkut ser mais “despojado” do que o Facebook, talvez. O fato é que experimentando as duas redes é possível traçar uma série de méritos e defeitos de ambas as redes e fica claro que a preferência tem a ver com o perfil do usuário e do quanto ele entende de tecnologia. Listamos o que encontramos de melhor nas duas redes, veja se você concorda:



Pontos positivos do Facebook:
– Possui muito mais aplicativos do que o Orkut. É possível enviar vídeos de até 100 Mb ou gravar pela webcam ali mesmo no Facebook, com um aplicativo Flash disponibilizado por eles. O que torna a rede altamente customizável são seus plugins ou extensões. Existem mais de 1000 aplicações disponíveis.
– Layout mais clean e adulto. Ideal para manter além dos contatos pessoais os profissionais também.
– Todas as novidades do Orkut, como os avatares, o botão de “pensamento”, entre outros, vieram do Facebook.
– A privacidade no Facebook é bem maior, uma vez que por padrão apenas seus amigos podem ver o seu perfil.


Pontos positivos do Orkut:
– Disponível em português, enquanto o Facebook só existe em inglês.
– Não demanda tanto conhecimento de tecnologia quanto o Facebook. Qualquer usuário se vira bem no Orkut, mesmo que seu contato com informática seja pequeno. Já no Facebook, para aproveitar todas as funcionalidades do site, é preciso ter conhecimento de linguagem de internet e ralar pra descobrir como algumas coisas funcionam.
– A maioria dos seus amigos estarão no Orkut. Para fuçar a vida de ex-namorado (a), descolar o contato do seu amigo da primeira série ou organizar encontros com a sua turma de formandos, nada melhor do que o Orkut.


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O Facebook já conquistou você?