O aumento nas vendas e o respectivo ganho de participação no mercado de comercialização de derivados do petróleo levaram a Petrobras Distribuidora (BR) a registrar, em 2008, o maior lucro de sua história: R$ 1,289 bilhão. O resultado é 53,3% superior ao de 2007.

Essa é a primeira vez que o lucro líquido da companhia ultrapassa R$ 1 bilhão e também reflete, segundo o presidente da subsidiária da Petrobras, José Eduardo Dutra, um rígido controle de custeio, que, mesmo considerando a alta da inflação, foi de apenas 1,8%. A inflação medida no período foi de 5,7%.

“A influência maior foi o do aumento das vendas. A BR cresceu mais do que o mercado, que expandiu 8,9% no ano. A BR expandiu 10,8%. Ganhamos, portanto, participação do mercado”.

O lucro operacional da companhia cresceu 18% acima do que era esperado pela própria subsidiária, com o lucro médio mensal ficando em torno dos R$ 107 milhões ao longo de 2008. Em 2007, o lucro médio mensal da companhia foi deR$ 70 milhões.

Com a consolidação dos resultados da empresa, a Petrobras Distribuidora manteve a liderança do mercado global de combustíveis, ao posicionar seu market share trimestral em 34,9%, no exercício de 2008.

No acumulado de janeiro a dezembro, a BR atingiu vendas totais da ordem de 37,8 bilhões de litros (ou 3,1 bilhões de litros/mês), 11,4% maiores do que em 2007.

Os dados divulgados pela BR indicam que, ao avançar 8,9% no total de litros vendidos, no ano passado, o mercado global de derivados passou de 89,7 bilhões para 97,7 bilhões de litros.

“Desta diferença de 8 bilhões, a Petrobras Distribuidora capturou 3,3 bilhões de litros [42%] e acabou ganhando 0,6% de market share. Além disso, a BR apontou novamente um crescimento superior ao verificado pelo mercado, 10,9% no total de litros vendidos no período (34,143 bilhões contra 30,798 bilhões em 2007).

O Balanço da Petrobras Distribuidora destaca, em 2008, o aumento das vendas do álcool hidratado e da gasolina C (gasolina comum adicionada ao álcool combustível), causado pela queda do preço do álcool e do crescimento da vendagem de veículos e da frota flex; do diesel e do querosene de aviação, conhecido como QAV (graças à maior quantidade de assentos ofertados pelas empresas aéreas).

Houve, no entanto, queda na comercialização do óleo combustível, devido à substituição pelo gás natural na indústria, e do gás natural liquefeito (GNV), por conta da queda no número de conversão de motores.


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Petrobras anuncia lucro 53% maior em 2008