Para o brasileiro médio, o continente africano evoca três tipos de reação: uma, festiva, carnavalesca, celebrada na música, culinária e na percepção de que muito daquilo que nos torna “brasileiros” é herança dos escravos trazidos da África há tantos séculos.  A segunda reação é a curiosidade: todos os anos, incontáveis matérias de cunho turístico ressaltam os ditos “mistérios” do continente, atraindo os interessados em safáris e aventuras do tipo, inconscientemente refazendo pegadas de exploradores que, a serviço dos impérios de outrora, ajudaram a fazer da África o que ela é.

A terceira, também comum, é tristeza. Pena. Comiseração. Que boa parte da população africana sofre pela miséria generalizada – fome, aids e tantas outras doenças, corrupção, infraestrutura e educação em frangalhos –, todo brasileiro sabe.  Alguns, porém, não apenas reconhecem os problemas, mas se propõem a fazer algo a respeito.

É o caso dos muitos brasileiros que, todos os anos, procuram o IICD – Institute for International Cooperation and Development (ou “Instituto para a Cooperação e Desenvolvimento Internacionais”, numa tradução livre), uma pequena organização não-governamental localizada em Williamstown, cidadezinha de Massachusetts, ao norte/nordeste dos Estados Unidos. Passando por seis meses de treinamento nos Estados Unidos, eles são preparados para trabalhar em projetos em diferentes países africanos (Moçambique e Angola, de língua portuguesa, e Namíbia, Zâmbia, África do Sul e Malawi, de língua inglesa).

O período na África, que pode ser de seis meses ou um ano, volta-se para trabalhos nas áreas de ajuda à criança, formação de professores para escolas primárias, prevenção e educação sobre HIV e aids, e também agricultura sustentável.  O programa todo dura 14 meses. Não é necessária qualquer formação específica, mas candidatos a voluntários devem ter pelo menos 18 anos e um (desejável) nível intermediário de inglês, para poder se comunicar com os demais participantes, que vêm de lugares tão diferentes quanto Coréia do Sul, Japão, Dinamarca e os próprios Estados Unidos. Outros requisitos indispensáveis: tolerância, mente aberta para diferentes culturas, disposição e frescura zero. Todos no IICD fazem todos os tipos de trabalhos, no cuidado com a escola e a comunidade. Há um custo: são 300 dólares de matrícula e 3.900 dólares pelo treinamento.

Um dos maiores desafios, antes de ir para a África, está relacionado a isso: cada voluntário deve arrecadar 6 mil dólares, quantia que cobrirá o restante do treinamento e todas as despesas de viagem (de ida e volta à África, já que o percurso Brasil/EUA/Brasil é de responsabilidade do voluntário).

Atualmente em vias de ir para Moçambique, Zâmbia e Moçambique está o time formado em novembro de 2008, o chamado November Team do IICD. Formado por quatro brasileiros (o paulista Paulo Garcia, 22 anos; a goiana Graziella Vaz, 24; o mineiro Adilson Henrique, 20; e o paulistano Luis Oliveira, 35), além de três americanos (o californiano Chris, 31; Kelitha, 23, de Chicago; e James, 22, de Nova Jersey) e uma japonesa (Masae, 29), o time lutou por seis meses contra um dos piores invernos da década e, o que foi pior, contra a crescente recessão da economia americana. Contudo, para que o November Team possa encerrar seu treinamento, falta ainda arrecadar 2.400 dólares.

COMO AJUDAR
São três os principais caminhos:

– Você pode depositar qualquer quantia na conta 01033249-6, agência 0105, do banco Santander. Os depósitos em reais serão convertidos em dólar pelo próprio grupo.

– Você pode doar usando cartão de crédito internacional no site do IICD, em http://iicd-volunteer.org, clicando no botão PayPal. Importante: não se esqueça de colocar, no campo “Descrição” (Description), NOVEMBER TEAM, ou sua doação será contabilizada como “anônima”!

– Por fim, se for seu interesse for pôr a mão na massa e fazer algo de bom pelo continente africano, você pode se inscrever para tornar-se voluntário junto ao IICD e juntar-se a um dos times que são formados a cada três meses. Para cada nova matrícula realizada, o November Team ganha 300 dólares, você ganha uma chance de fazer algo realmente marcante em sua vida e muitas pessoas ganham a oportunidade de aprender com suas experiências e conhecimentos. Paulo César (pcgarc@gmail.com) e Graziella (gra_gyn@hotmail.com) estão no Brasil até 14 de maio para ajudá-los no processo.

O que você acha? Ajude o November Team a chegar à África! E considere, você também, a possibilidade de desenvolver a si mesmo, ajudando a desenvolver o mundo.


Contato:
E-mail: iicdnovemberteam08@gmail.com
Website: http://iicd-volunteer.org



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Virgula apoia: Ajude um grupo de voluntários a trabalhar pelo continente africano