O fundador do Wikileaks, Julian Assange, saiu da prisão depois de pagar fiança, nessa quinta-feirta (16). O australiano ainda disse que espera continuar seu trabalho e que defenderá sua inocência.

Em um breve comparecimento na frente do Tribunal Superior de Londres, onde nesta quinta-feira um juiz desprezou um recurso da Justiça sueca contra sua libertação, Assange se declarou feliz de “voltar a respirar o ar de Londres”.

O fundador do Wikileaks, cuja extradição é reivindicada pela Suécia por dois supostos crimes de agressão sexual, agradeceu o apoio “de todas as pessoas no mundo” que “respaldaram sua equipe”, de seus representantes legais e das personalidades que apoiaram sua liberdade “em momentos difíceis”.

Também se mostrou agradecido com “o sistema judiciário britânico”, que, embora às vezes “cometa erros, pelo menos não está morto”.

Vestido com traje escuro e camisa branca, Assange contou que, durante o tempo que passou em uma cela de isolamento na prisão londrina de Wandsworth, teve tempo para refletir sobre outras pessoas no mundo que estão nessa situação, e pediu ao público que centralize sua atenção e esforço para ajudá-los.

“Espero continuar com meu trabalho e seguir defendendo minha inocência”, afirmou o australiano, além de dizer que ainda não viu as provas que as autoridades suecas têm contra ele.

Assange foi preso em 7 de dezembro em Londres a pedido da Suécia, que quer interrogá-lo em relação a vários crimes sexuais supostamente cometidos contra duas mulheres em agosto, acusações que ele nega e atribui a motivação política.

Na terça-feira, a Corte de Magistrados de Westminster (Londres), responsável por seu processo de extradição, concedeu liberdade sob pagamento de fiança, sentença que a Justiça sueca recorreu nesta quinta-feira perante o Tribunal Superior de Londres, que por sua vez desprezou o pedido.

Assange irá para a casa de um amigo no condado de Suffolk (leste da Inglaterra) para cumprir as condições de sua liberdade provisória, como respeitar um toque de recolher e usar um bracelete eletrônico.


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Assange diz que seguirá trabalho e defenderá sua inocência