Em determinadas ocasiões, acordar e encarar o dia seguinte deveria ser proibido. É o caso da famosa sexta-feira da conquista: usa-se toda uma lábia para terminar a noite acompanhado e, logo após a consumação do ato, já é necessário “esquecer” tudo que rolou para passar a pensar, desta vez, em como agir com a pessoa no dia que está por vir.

As histórias que giram em torno deste tema são unânimes. Todos os jovens que conversaram com o Boys & Girls sobre o assunto disseram que a postura do dia seguinte dependerá, fundamentalmente, de dois pontos: a intenção real com a pessoa que está se relacionando e a qualidade da tal noitada. “Acredito que a atitude vai sempre variar. Tem transas que valem o replay, outras não”, afirma Giberson Pinto, estudante de jornalismo.

Assim como Giberson, o estudante Rafael Carminatti não dispensa uma avaliação do primeiro encontro para pensar em uma possível reaproximação. “Se eu curtir a garota, espero uma ocasião em que sei que vou encontrá-la para trocar uma idéia novamente. Se eu não souber quando irei vê-la, ligo e vou atrás, sem problemas”, explica.

Ambos possuem táticas diferentes para o dia seguinte. Enquanto Rafael prefere ir atrás, revelar suas intenções reais sem se preocupar com nada, Giberson faz mais a linha do “come quieto”. Literalmente. “Se a noite foi boa e quero mais, espero passar alguns dias e ligo. Só que em vez de chamar para outra noitada, chamo para outros programas, que não dêem na cara o que quero de verdade”, revela. Mas diz aí, Giberson: funciona? “De vez em quando, é só ir prolongando o programa até à noite”, diverte-se.

Mas e quando a noite foi um fiasco? “Ah, aí eu fico na minha. Não dou mais sinal de vida. Se ela vier atrás, falo que namoro e que nosso lance foi um erro”, comenta Rafael, no melhor estilo “canastrão”, aquele característico em todo homem que perde o controle da situação. Ainda nessa linha, Giberson mostra-se um verdadeiro “pervertido”, como ele próprio diz. “Uma transa não me amarra”, dispara.

Com uma visão um pouco mais “deixa rolar”, Cintia Malandrino, que também é estudante de comunicação, dá a sua dica de como ser oportuna em um momento posterior ao da noite do primeiro rolo. “Iniciativa minha, só se for por MSN ou Orkut. Mulher quando fica ligando depois, dá a impressão de estar sendo chata”, afirma.

Pô, mas como assim, Cíntia? E aquele papo de garotas modernas, que vão atrás do que querem? Não vale nem uma troca de telefones? “Ah vale, mas só se for pra mandar uma mensagem despretensiosa e, mesmo assim, só depois de uma semana.” Aliás, esse é um outro dado comum entre a maioria dos jovens: a preferência por abordagens por meios cibernéticos.

Ninguém nunca revelou o “segredo do dia seguinte”. Acredite. E também não ache que será aqui que você descobrirá a resposta que tanto procurou para os seus questionamentos sobre como agir quando o prazer já acabou e é preciso renovar o contato. Esperar uma atitude da pessoa ou partir você mesmo para uma nova investida é uma decisão que sempre fará parte do cotidiano de um jovem solteiro que possui uma vida amorosa ativa. Mas não há fórmula secreta ou unanimidade quando o assunto é voltar à realidade e ter de, mais uma vez, pensar no que falar.

Em uma próxima oportunidade, procure saber a hora certa de “vestir as calças” e, para não perder um possível segundo encontro, já se programe para fazer a cabeça funcionar. A de cima, viu Sr. Giberson?!


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Como encarar o tão temido dia seguinte à 1ª transa