Habitantes da área pobre de Hong Kong têm de viver em moradias de até 2 m²

Hong Kong não é apenas a cidade iluminada e uma das mais ricas do continente asiático. Por trás do glamour de empresas e arranha-céus, cerca de 200 mil pessoas, entre elas 40 mil crianças, vivem em péssimas condições de habitação.

A expansão rápida do mercado imobiliário aliada às rendas exorbitantes no centro da cidade têm empurrado cada vez mais habitantes para zonas da cidade marcadas pelo repartimento de casebres em moradia para várias famílias.

Para se ter ideia, proprietários de apartamentos com 37m2 dividem a construção em unidades em que os quartos chegam a medir 182×76 centímetros, e onde a cozinha e o banheiro estão juntos.

“Desde cozinhar até dormir, todas as atividades diárias se desenrolam nestes espaços minúsculos”, conta Benny Lam, um habitante da cidade que já morou nos casebres. Para ele era como se as pessoas perdessem a sensibilidade do que era normal ou não.

A experiência de Lam resultou em um trabalho fantástico de fotografia sobre as “casas-caixão” de Hong Kong, intitulado Trapped, Encurralados, em inglês. Ele disse que espera que a obra sirva de luz para que outras pessoas enxerguem as desigualdades sociais da cidade e olhem com outra perspectiva para estes moradores.

Com quase 8 milhões de habitantes, Hong Kong tem hoje o mercado imobiliário mais caro do mundo. Já não há quase espaço para o desenvolvimento de imóveis na cidade.

Como vivem os moradores das "casas-caixão" de Hong Kong

Contraste Contraste Contraste Contraste Contraste Contraste Contraste Contraste Fotógrafo registra moradores das chamadas "casas-caixão" de Hong Kong Créditos: Benny Lam

int(1)

Moradores de Hong Kong vivem em “casas-caixão” que chegam a medir 2m²