Tente imaginar a situação: você não namora e tá naquela fase de conhecer e se interessar por pessoas novas. Até que, em uma balada, você fica com alguém que parece te fazer perder o fôlego, que tem um beijo maravilhoso, te trata bem e, certamente, faz o seu tipo. Você, na esperança de que role algo de novo, dá o seu telefone pra figura em questão. Resultado: muita dor de cabeça pela frente… Não entendeu o porquê?

Sabe aquele cara que te liga de cinco em cinco minutos “só pra saber como você tᔠou, pior, “só pra ouvir a sua voz”? Ou então aquela menina que não larga do teu pé e fica, logo depois do primeiro encontro, te chamando de “meu bebê”, “cute-cute” e “fofinho”? Pois é: nessa hora você descobre que aquela pessoa maravilhosa da balada pode, na verdade, não passar de um mala…

Mas isso tudo é partindo do princípio que muito grude e excesso de mimos não fazem bem pra um relacionamento, principalmente a longo prazo. Será que isso é verdade? Para a estudante de farmácia Karina Medeiros, 21, não. “Sempre adorei caras melosos, cheio de carinhos e amor pra dar. Não sinto problema nenhum em passar o tempo todo juntos e gosto de viver intensamente as coisas”, afirma.

Definitivamente, essa não é mesma opinião de Marcela Duarte, 20, estudante de zootecnia. “Quanto mais pegajoso o cara é, maior é a chance de a gente não se dar bem. Só de pensar naqueles meninos que não desgrudam e não largam do nosso pé, já começa a me dar coceira”, brinca.

Como toda questão que envolve comportamento, não existe nenhuma verdade absoluta. Apesar disso, o estudante de direito Alexandre Freitas, 20, fala convicto, como se estivesse dando a receita pra não haver desgaste na relação. “Mulher gosta de cara que esnoba, que se faz de difícil e controla a relação. Se tiver tudo muito facinho, elas se desinteressam”.

Ele, que até o ano passado nunca havia namorado, parece ter ‘aprendido’ na marra como controlar os próprios sentimentos. “Falo isso por experiência própria: eu era super grudento e, aos poucos, fui mudando. Só a partir daí que eu comecei a me dar bem. Por isso, hoje acredito que o joguinho de sedução e conquista é fundamental pra uma relação dar certo”, afirma.

Quer dizer então que o mais correto é manter um pouco de distância, esnobar, controlar impulsos e desejos, mesmo gostando muito de uma pessoa? Parece difícil de entender e acreditar. Mas, pelo menos com Alexandre, deu certo. Por isso, o melhor mesmo é seguir as intuições e ter sempre bom senso na hora de dosar os sentimentos, pra não ser nem tão frio a ponto de colocar um gelo na relação, e nem tão quente, correndo o risco de queimar seu filme…


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Você conseguiria ficar muito tempo com alguém grudento demais?