(Foto: divulgação)

Em paralelo às guitarras altas e dançantes do Pato FuFernanda Takai mergulha mais uma vez na calmaria sonora de sua carreira solo. Em O Tom da Takai, novo álbum que acabara de lançar, a cantora apresenta versões de composições não populares do mestre da MPB, Antônio Carlos Jobim.

Ao todo são 13 canções e adiantamos que, se o ouvinte procurar as famosas Garota de Ipanema, Águas de Março, Chega de SaudadeEu Sei Que Vou Te Amar, não as encontrará. “Quando eu, o Roberto Menescal e o Marcos Valle (produtores e músicos do projeto) resolvemos gravar esse álbum só de Tom Jobim, não queríamos que fosse algo óbvio”, conta Fernanda em exclusiva ao Virgula. “Fomos atrás de um repertório que tivesse sido pouco regravado, ou de canções que foram ofuscadas pelos grandes clássicos dele”.

A própria cantora revela que só conhecia mesmo uma façanha do Tom e precisou de ajuda para se aprofundar nos ‘lados B’ do cantor. “O Roberto e o Marcos me ajudaram muito. Recorri a eles para conhecer esse lado mais desconhecido do Tom, porque eu sou uma ouvinte mais pop, mais do final dos anos setenta”, diz ao telefone. “Os dois me mostraram a fase de quando ele era mais novinho, de início de carreira mesmo, mas que já congregava várias parcerias, o que acabou virando uma característica dele”.

(Foto: Pedro Tré Hansen/ Facebook) Fernanda Takai, Marcos Valle e Roberto Menescal

Com o trabalho, Fernanda está ciente da importância de levar a obra do mestre da MPB adiante e apresentar a um novo e antigo público: “O Tom Jobim sempre foi muito importante para várias gerações. Desde a que conviveu com ele e esteve junto no movimento da criação da bossa nova, passando pela minha geração e chegando às crianças. Nas aulas de iniciação musical, por exemplo, os pequeninos já conhecem suas canções”. 

Para finalizar, o que será que o Tom diria à cantora se ouvisse O Tom da Takai: “Ah, com certeza ele me chamaria em sua casa no Rio de Janeiro para bater um papo sobre música e tomar um vinho, bem ao jeitão dele. Mas ele não falaria nada por telefone não, teria que ser pessoalmente”, responde Fernanda, levando o tom do conversa para um lado imaginário.

Ele iria adorar. Nós garantimos.

Capa de ‘O Tom da Takai’

 

 


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Fernanda Takai exibe 'lado B' de Tom Jobim em álbum: 'Não queria o óbvio'