10 motivos que comprovam a volta da disco music


Créditos: Montagem/Getty Images

O mundo do pop é redondo e dá voltas como o globo espelhado das pistinhas. Ainda que para alguns a disco music não tenha voltado porque ela sempre esteve aí, cresceram nos últimos meses a quantidade de argumentos envolvendo o gênero black e as manifestações da cultura de massa, como a novela da TV Globo Boogie Oogie, que estreia nesta segunda (4). 

A trama global se junta à redescoberta de Giorgio Moroder, superprodutor ítalo-suíço, que faz um DJ set em São Paulo no dia 8, no Skol Beats Factory. Sem esquecer a onipresença de Nile Rodgers, que passa por uma redefinição do seu legado nas colaborações com grandes nomes do pop nos anos 80, como David BowieBlondie e Madonna. Vamos à lista:

1. O que poder ser mais mainstream que uma novela da Globo? Boogie Oogie promete trazer de volta os embalos da era disco.

2.  “Meu nome é Giovani, mas todos me chamam de Giovanni”, avisa Giorgio Moroder na faixa Giorgio by Moroder. Sem ele, a música eletrônica como nós a conhecemos não existiria uma vez que ele introduziu o uso de sintetizadores na disco, desembocando em hits de Donna Summer como Love to Love You Baby e I Feel Love. Dia 8/8, o “divo” em pessoa estará no Skol Beats Factory para um DJ set.

3. De midas dos anos 80 ao ostracismo e de novo redescoberto. Nile Rodgers é um dos fundadores do Chic! Sua guitarra já arquitetou hits de David Bowie (abaixo, em foto de ), Blondie, Madonna. Com o sucesso de Get Lucky, do Daft Punk, voltou a ser concorrido e copiado. Em retrospectiva, seus antigos trabalhos passaram a ser reconhecidos. Recentemente, fez um show com Prince.

4. Nenhum casamento, formatura ou festinha escapam do hino gay I Will Survive. Bem que Gloria Gaynor havia avisado. Não apenas a música, mas todo o cancioneiro disco sobreviveram.

5. Dancin’ Days é um marco da dramaturgia, foi exibida pela Rede Globo no horário das 20 horas, de julho de 1978 a janeiro de 1979. Foi a grande responsável pela primeira grande onda disco no Brasil, influenciando não só a músicas, mas as roupas, gírias e costumes. Atuamente, a reprise do programa vai ao ar no Canal Viva, da TV fechada, de segunda a sábado, à 0h, com horário de exibição alternativa às 13h30, também de segunda a sábado.

6. O revival da disco também lança luz em um dos períodos mais férteis da música negra brasileira, o fim dos anos 70, com o triunvirato formado por Tim Maia, Cassiano e Hyldon. Este último (na foto abaixo) emplacou As Dores do Mundo na nova trama global das seis. Para as gerações mais novas, a música ficou mais conhecida com o Jota Quest.

7. Falando em Jota Quest, eles também apostaram na disco music e em uma colaboração com Nile Rodgers em seu disco mais recente.

8. Diana Ross segue fazendo shows aos 70 anos. Ela é a prova de que uma vez diva, sempre diva. 

9. Mesmo quando um novo artista como Janelle Monáe (abaixo, com o baixista Verdine White, do Earth, Wind & Fire, surge nos EUA, muitos deles acabam buscando referências na era disco.

10. Se o Arcade Fire é a grande banda pop do momento, deixando plateias boquiabertas pelo mundo todo, parte do sucesso deve-se ao trabalho do produtor James Murphy, que deu uma bela injeção disco punk no som dos canadenses. Murphy deixou muitos órfãos ao anunciar o fim do seu projeto LCD Soundsystem, mas sua influência segue em alta.

Jimmy “Bo” Horne já havia mandado a letra em Dance Across The Floor: “Ah, let’s do it,. let’s dance, let’s dance across the floor/ Yeah, let’s do it, let’s dance. let’s do it some more”. Vista seus sapatos mágicos e saia dançando.


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