Metallica em SP


Créditos: MRossi / T4F

Foi com bastante chuva que cerca de 65 mil pessoas (lotação esgotada) viram uma senhora apresentação do Metallica, que lotou o Estádio do Morumbi, na zona sul de São Paulo. Com um show que teve a proposta de perguntar aos fãs quais músicas deveriam ser tocadas, não faltaram clássicos de fazer muita gente chorar neste sábado (22).

O Metallica by Request (literalmente “por solicitação”) deu a oportunidade a quem quisesse vir assistir ao show de escolher as canções a serem tocadas. No site oficial da banda era possível votar em uma entre 30 canções assim que se comprasse o ingresso, e o resultado foi um repertório realmente escolhido a dedo, com poucos clássicos ficando de fora.

Além disso, durante o show foi possível escolher outro som – entre três (The Memory Remains, Ride the Lightning e The Day that Never Comes) – para ser escolhida via sms pelas pessoas que lotavam o estádio, tanto no gramado quanto em seus três anéis de arquibancadas.

Às 21h45, após abertura da Raven (trio precursor do thrash metal) e que teve alguns problemas técnicos, o quarteto formado por James Hetfield (vocal), Kirk Hammett (guitarra), Robert Trujillo (baixo) e Lars Ulrich (bateria) apareceu nos telões em uma pequena gravação, na qual “contavam” a novidade que todos sabiam: sobre a escolha prévia do repertório.

Logo após, trecho do filme Três Homens em Conflito, com a clássica cena na qual um dos protagonistas percorre um cemitério, procurando pelo tesouro. Esta é sempre a deixa perfeita para um dos maiores fenômenos do heavy metal entrar no palco. Battery abriu a jornada assim como estreia um dos álbuns mais queridos dos metaleiros, Master of Puppets, de 1986, que também tem música homônima e foi a escolhida para ser a segunda da noite.

O jeito sempre carismático de James e suas variações nos vocais são marcar registradas do artista, que sempre tem o público nas mãos. Ele levanta o braço, milhares também o fazem. Se grita um “hey, hey, hey”, outra horda o acompanha. Um mestre dos fantoches.

A chuva só deu uma trégua antes de Fuel, um dos hits mais atuais lembrados, só para as fumaças e alguns fogos de artifício, não muito bem combinados, levantarem gritos e aplausos da galera.

Com apresentação firme, sólida e consistente, a única canção que tinha menos de 17 anos, idade da última citada, foi a The Day that Never Comes, que ganhou a votação com 17 mil sms a favor. Sempre que James lembrava que era preciso votar, o público reagia mal à virtual vencedora, e ele exclamava, perplexo, um “por que vocês não estão gostando? foram vocês que escolheram!”. Suscitava alguns sorrisos.

O únic petardo que não esteve à votação foi The Lords of Summer, que é nova e foi tacada já em alguns shows este ano. Muito bem recebida.

Quase no fim, teve agradecimento à Raven, banda que deu espaço para o Metallica, ainda em 1983, de se apresentar no mesmo palco, visto que o trio já tinha mais respaldo na cena metálica norte-americana da época.

Setlist do Metallica em São Paulo

Battery
Master of Puppets
Welcome Home (Sanitarium)
Fuel
The Unforgiven
The Memory Remains
Lords of Summer
Wherever I May Roam
Sad but True
Fade to Black
..And Justice For All…
One
For Whom the Bell Tolls
Creeping Death
Nothing Else Matters
Enter Sandman
Whiskey in the Jar
The Day that Never Comes
Seek and Destroy

Veja mais fotos do show na galeria acima!


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Metallica apresenta ‘show escolhido' em Estádio do Morumbi lotado