Death

Divulgação Death

Precursora do punk, a banda Death se apresenta no Sesc Pompeia em apresentação única em São Paulo nesta quinta (27), às 21h30. Formado originalmente pelos irmãos Bobby, Dannis e David Hackney, o grupo surgiu na década de 1970 tocando funk em meio à predominância de sonoridades lançadas pela Motown, como o soul e o R&B.

Na sexta, eles também se apresentam no Abril Pro Rock, no Recife, na mesma noite de Suicidal Tendencies. Em sua primeira fase (1971-1976), o trio de Detroit gravou os singles Politician In My Eyes e Keep On Knocking; além de diversos álbuns que só começaram a ser disponibilizados em 2009, ano de retorno do grupo aos palcos, agora com Bobbie Duncan substituindo David, falecido em 2000.

Os álbuns …For The Whole World To See e Spiritual • Mental • Physical, lançados em 2009 e 2011, respectivamente, trazem gravações a partir de 1974 até o fim das atividades da primeira fase do grupo. Recentemente, lançaram Death III (2014) e N.E.W. (2015), que marcam o retorno oficial do trio aos palcos.

Sobre os heróis musicais do grupo, Bobbie enumera, em entrevista exclusiva ao Virgula Música: “São muitos a serem mencionados, mas aqui vão alguns: Motown (o grande leque de artistas), MC5, Iggy and The Stooges, Grand Funk Railroad, Alice Cooper, Jimi Hendrix, The Doors, Janis Joplin, Otis Redding, Sly and The Family Stone, The Funkadelics, Mitch Ryder and The Detroit Wheels, Aretha Franklin, The Who e muitos outros.

Já em relação ao fato de que eles sejam apontados como prova de que o punk rock também é música negra, ele opina: “Música é música, não é uma cor, é uma vibração, ninguém é dono, todos nós nos beneficiamos dela. Só aconteceu de ser três irmãos de sangue negro que passaram a amar rock and roll”.

Perguntamos se eles acham que música e política ainda combinam e se são a favor de movimentos como o Black Lives Matter. “Somos a favor de todas as vidas que importam. Como meu irmão David expressou em uma música no álbum Death III, We Are Only People Just Passing By e isso é tudo de nós. A Death acaba de lançar um novo single chamado Cease Fire que aborda a violência sem sentido que está acontecendo em todo o mundo. Nós vamos levar este single junto com a gente”, adianta.

O baixista e vocalista comentou  também qual é a coisa mais nova acontecendo na música hoje em dia. “São artistas conectando diretamente aos fãs e vice-versa. “A tecnologia abriu a porta para isso”, afirma.

P0r fim, Bobbie apontou os prós e contras de tocarem entre irmãos. “Todos os prós e contras que vão junto com sermos uma família. Fico feliz que nosso ponto inicial foi o amor que temos uns pelos outros e estarmos próximos. É algo que as famílias poderiam ter um pouco mais hoje em dia.”

SERVIÇO 

Death (EUA)
Dia 27 de abril, quinta-feira – 21h30
Comedoria
*A capacidade do espaço é de 800 pessoas. Assentos limitados: 150. A compra do ingresso não garante a reserva de assentos. Abertura da casa às 20h30.
Ingressos: R$12 (credencial plena/trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes), R$20 (credenciado*/usuário inscrito no Sesc e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$40 (inteira).
Venda online a partir de 18 de abril, terça-feira, às 17h30.
Venda presencial nas unidades do Sesc SP a partir de 19 de abril, quarta-feira, às 17h30.
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 18 anos.
Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93.
Não tem estacionamento.
Para informações sobre outras programações, acesse o portal sescsp.org.br/pompeia
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'Não é uma cor, é uma vibe, ninguém é dono', diz Death, banda pioneira do punk