Em 1998, o diretor norte-americano Mark Christopher lançou Studio 54, filme que ficcionalizava a história do famoso clube noturno nova-iorquino, contando ascensão e queda daquela que se tornou a discoteca mais cultuada do mundo.

Mas o diretor nunca ficou satisfeito com o resultado do filme, alegando que a Miramax (produtora da fita) havia retalhado a obra, cortando uma séries de cenas – principalmente ligadas a questões gays.

Agora surge a possibilidade de conferir a obra da maneira que o diretor sempre quis – 54: The Director’s Cut terá estreia mundial na Mostra Panorama do Festival de Berlim, que acontece de 5 a 15 de fevereiro.

A exibição da nova versão do filme deve contar com uma duração maior do que os 93 minutos originais, e certamente revelar cenas nunca vistas, envolvendo o “teste do sofá” a que o personagem de Ryan Phillippe se submete – ele faz sexo com o dono do Studio 54 (interpretado por Mike Myers) para conseguir um emprego de garçom na discoteca.

Além de cenas gays e/ou sexuais, a nova versão deve também carregar mais nas referências às drogas – como se sabe, o 54 foi considerado o maior templo da cocaína na Nova York do fim dos anos 70.

A expectativa pela versão do diretor de Studio 54 é grande, mas para quem esteve no Outfest (festival de cinema gay de Los Angeles) em 2008, talvez não haja tanta novidade – na ocasião, o diretor Mark Christopher exibiu uma versão não oficial do filme, com 45 minutos a mais do que a duração original. Uma versão semelhante a essa deve ser exibida em Berlim em 2015.

Studio 54

Ryan Phillippe (à direita) em cena de “Studio 54”


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Studio 54, filme de 1998 sobre a lendária discoteca, ganha versão mais gay e sem censura