Morreu no domingo (30/08) o cineasta, roteirista e produtor americano Wes Craven, referência absoluta no gênero terror. Ao lado de George Romero e Sam Raimi, ele formou a tríade que modernizou o cinema de horror nas décadas de 70, 80 e 90.

Gerações foram criadas assistindo às obras de Craven – no cinema e principalmente na TV, em exibições televisivas ou na áurea época do VHS. Foram anos dourados de medo nas madrugadas, com a galeria mirim apavorada mas sem conseguir desligar a tela azul.

Em homenagem a esse mestre, o Virgula faz aqui seu Top Ten de grandes obras de Wes Craven. Dá vontade de (re)ver todos esses clássicos e se deliciar, olha só:

Aniversário Macabro (The Last House on the Left, 1972)
Filme de estreia do diretor. Só o trailer já dá arrepios:

Quadrilha de Sádicos (The Hills Have Eyes, 1977)
Quem foi criança nos anos 80 deve se lembrar: o filme foi exibido pela 1ª vez na TV na Globo, em pleno Supercine de sábado, aterrorizando o público:

Quadrilha de Sádicos II (The Hills Have Eyes Part II,1984)
Uma semana depois, a Globo exibiu a continuação do filme, na mesma sessão Supercine. Inesquecível:

O Monstro do Pântano (Swamp Thing, 1982)
Entre os dois Quadrilha de Sádicos Craven rodou esta obra que já é uma espécie de “terrir”, flertando com a comédia e o horror lado B, trash, e estrelada por Adrienne Barbeau, a musa de outro papa do terror fantástico, John Carpenter:

A Hora do Pesadelo (A Nightmare on Elm Street, 1984)
O filme que consagrou definitivamente Wes Craven, gerando pencas de continuações, telefilmes, remakes, séries de TV, videogames… O “herói” Freddy Krueger entrou para a história do cinema: o monstrengo com garras nas mãos que só mata as vítimas dentro dos sonhos. E ainda lançou Johnny Depp:

A Maldição de Samantha (Deadly Friend,1986)
Um clássico da era VHS. Lançado em vídeo pela Warner Home em 1987, era a sensação dos pré-adolescentes da época:

A Maldição dos Mortos-Vivos (The Serpent and the Rainbow,1988)
Mais um clássico do fim dos 80. O título nacional tentou pegar carona no sucesso de A Volta dos Mortos Vivos (85), que por sua vez se baseava no classicão A Noite dos Mortos Vivos (68, de George Romero):

Shocker 100.000 Volts de Terror (Shocker,1989)
Aqui também Craven investe no gênero de horror um tanto cômico, abusando dos absurdos e com isso provocando risos e medo ao mesmo tempo:

Pânico (Scream, 1996)
Essa mistura de humor com horror atingiria o auge com este filme. Quase uma obra de metalinguagem, que debochava e ao mesmo tempo homenageava os clichês dos filmes de terror como Sexta-Feira 13 e o próprio A Hora do Pesadelo. O sucesso colossal gerou três continuações (1997, 2000 e 2011), inúmeras franquias-imitações, e acabou desgastando a fórmula de adolescentes perseguidos e mortos por um serial killer bizarro e freak. E a série de TV baseada na franquia estreou em junho agora, com produção de Craven:

Amaldiçoados (Cursed, 2005)
O último filme interessante de Craven (depois deste, ele dirigiu mais três longas, incluindo Pânico 4, mas enfim…). Aqui ele ainda estava em forma e investia no esquema de horror absurdo-sobrenatural quase trash, uma de suas melhores marcas:

R.I.P. Wes Craven! E lembre-se… It’s Only a Movie! E ainda: “Don’t Fall Asleep!”…


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Top Ten: A herança macabra do diretor Wes Craven, que criou gerações no terror