alerta spoiler

Este é um ano de expectativas muito altas para os filmes de super-heróis. Já tivemos os elogiados Deadpool e Capitão América: Guerra Civil e o perseguido Batman vs Superman: A Origem da Justiça. O próximo da lista é X-Men: Apocalipse, que não criou tanta expectativa quanto os combates entre protagonistas da DC e Marvel, mas foi suficiente para despertar ansiedade de seus fãs neste nono capítulo da franquia.

Apocalipse é dirigido por Bryan Singer e tem roteiro de Simon Kinberg. O longa, que estreia nesta quinta-feira (19), mostra um novo despertar de En Sabar Nur (Oscar Isaac), o vilão que dá título ao filme. A sequência inicial do longa é um de seus grandes trunfos, com cenas grandiosas e efeitos espetaculares. Tamanha magnitude que não se repete mais ao longo do filme, onde as sequências ficam mais pobres e rasas, assim com o roteiro.

Apocalipse escala então seus quatro cavaleiros: Magneto (Michael Fassbender), Psylocke (Olivia Munn), Anjo (Ben Hardy) e Tempestade (Alexandra Shipp). Está formada aí a trama para o inevitável embate com os X-Men, que contam o Professor Xavier (James McAvoy) como pilar central Mística – que você verá muito mais como Raven – (Jennifer Lawrence) como um importante alicerce para história, embora pouco aproveitada.

A quantidade de personagens que aparecem na tela acabam contribuindo para que o roteiro seja raso e não dê estrutura suficiente para que uma grande história esteja sempre em foco. Se por um lado isso é ruim, esta é a deixa para que coadjuvantes brilhem, caso da dupla Mercúrio (Evan Peters) e Noturno (Kodi Smit-McPhee) com inserções cirúrgicas de humor que o filme precisava. Outros personagens que mereciam mais espaço ficam deixados de lado, como Psylocke.

A parte mais inconsistente  do longa é justamente é a quantidade de recortes e personagens. Mostrar tantas histórias e contextos desvia nossa atenção do conflito principal. Alô, Batman vs Superman?

Um exemplo fácil da colcha de retalhos que se formou no roteiro de Apocalipse é justamente a rápida aparição de Wolverine, uma sequência que já havia sido mostrada no trailer e trouxe poucas novidades no filme em si.

Mesmo sendo uma peça razoável de entretenimento, X-Men: Apocalipse cai em algumas armadilhas “bregas”, como a luta entre Apocalipse e Xavier, onde o vilão cresce para esmagar o Professor. Pareceu Jaspion.

O grande trunfo para os fãs da série são os punhados e mais punhados de easter-eggs ao longo de suas 2 horas e 27 minutos.

X-Men: Apocalipse deve satisfazer os fãs da série, mas está muito longe de competir com outras franquias. Oscar Isaac faz um bom trabalho nas expressões do vilão da antiguidade, este é um antagonista que não mete medo e que conseguimos esquecer facilmente durante o filme. Seu argumento para a aniquilação da Terra soa tão fraco quanto seu carisma.


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X-Men: Apocalipse sofre com trama inconstante, mas tem seus méritos