Fabiana, Isabelle Nalu e Everaldo Pato viveram em barco na Polinésia Francesa

Divulgação Fabiana, Isabelle Nalu e Everaldo Pato viveram em barco na Polinésia Francesa por sete meses

Everaldo Pato, Fabiana Nigol e a fofa Isabelle Nalu estreiam em maio a série Nalu a Bordo, no canal OFF. Diferente do que o público estava acostumado a ver em Nalu Pelo Mundo, programa exibido pelo canal de TV a cabo Multishow, desta vez não tem interação com outros grupos de surfistas, nem visita a pontos turísticos e muito menos ficar carregando pranchas de surfe por aeroportos, a aventura inédita da família foi passar sete meses velejando direto pela Polinésia Francesa. Não passaram uma noite sequer em um hotel. Tudo aconteceu no barco. 

Foram mais de 200 dias tendo o mar como quintal, cuidando de toda a estrutura e segurança do navio, sem  internet ou interação com o mundo externo. “Foi um desafio grande ficar no mar, não tinha como sair, era  uma calmaria só. A gente acha que é tudo muito lindo, mas tem muito trabalho braçal mesmo. Um capitão e a esposa dele ficaram por dois meses nos ensinando tudo sobre a estrutura, mas depois ficamos sozinhos”, contou Fabiana Nigol em conversa com o Virgula.

Apesar das exigências e do isolamento, a experiência deu tão certo que na próxima semana a família refaz as  malas e se prepara para dar um passo extra nesta história: o trio vai passar mais seis meses a bordo para fazer o trajeto entre a Polinésia Francesa e Fiji pelo Oceano Pacífico. A diferença é que desta vez ficarão 18  dias direto em alto mar, enfrentando todas as surpresas que isso pode trazer. “Confesso que estou com  medo de ficar tanto tempo em alto mar. Na última viagem, ficamos no máximo três noites e, nestes dias, eu e o  Pato precisávamos nos revezar no controle do barco de três em três horas. É bem cansativo”.

Família passou sete meses navegando na Polinésia Francesa; programa estreia em maio no canal OFF

Divulgação Programa sobre a viagem estreia no canal OFF, em maio

Como nos últimos meses, nesta nova etapa Fabiana também vai se revezar com o marido na condução do  barco, nos  cuidados com a alimentação da tripulação e nos estudos da filha de nove anos. Eles usaram um  método americano de  ensino comum entre famílias que vivem embarcadas e dividiam as disciplinas nas horas de aula. “Estudávamos todas as  manhãs, a Belinha se dedicava a isso, mas também nos ajudava em todo o resto. Ela foi uma ótima marinheira!  Ajudou a  pescar, cozinhar, aprendeu a mergulhar e a pescar, ligava o barco sozinha. Fez todo o curso com a  gente, aprendeu os nós,  as regras”, conta a mãe orgulhosa.

Uma criança fazer tudo isto e passar tanto tempo em um barco com a família parece improvável para a  maioria das  pessoas. Uma aventura distante demais para quem tem filhos pequenos pensar em fazer. Tudo  bem que a Belinha vive  na estrada e tem dezenas de carimbos no passaporte desde que nasceu, mas mesmo assim Fabiana e Pato passam por todos os desafios de se viajar com uma criança. E, principalmente, vivem o maior drama de todos os pais quando o assunto  é cair na estrada com os pequenos a tiracolo: a preocupação. Mas com tanta experiência na bagagem o que já  aprenderam?  “Na verdade, nós ficamos sempre mais preocupados que ela. Criança se adapta muito bem! Melhor que a  gente imagina”.

Por isso, aproveitamos o conhecimento da família e listamos seis dicas para encarar turismo de aventura com crianças:

1) Aceite algumas vontades
A primeira coisa antes de pegar a estrada é ter em mente que é essencial ter paciência e estar com o espírito preparado para o que o passeio reserva. Não adianta achar que por estar de férias, a criança não vai chorar ou querer brincar e falar quando não pode. Pode ser até que eles preparem algumas surpresas neste período.

“O primeiro passo é pensar no que a criança pode fazer durante a viagem, o que ela gosta e quer. Levo sempre uma comida que a Belinha adora, livros, brinquedos. E fazia isso principalmente quando ela era menor. Tem que estar preparado”, explica Fabiana.

Leva comida, brinquedos e atividades que as crianças gostem. Evite qualquer estresse!

Leve comida, brinquedos e atividades que as crianças gostem. Evite qualquer estresse!

2) Inclua em todas as atividades
Entendendo o limite de cada idade e assunto, não trate os pequenos como meros espectadores da programa. Faça eles participarem dos planos e entenderem onde estão. Uma técnica muito usada por Fabiana é ler os guias de viagem junto com a filha e comentar o que elas gostariam de fazer quando chegarem ao destino. A ideia é já ir criando o clima, dar informações do que vão encontrar nos próximos dias, aumentar a expectativa e ajudá-los a vivenciarem de verdade o passeio.

“Fizemos muito isso antes de ir para a Europa, por exemplo. Chegando lá, ela lembrou dos museus que vimos nos livros. A partir dos seis anos, principalmente, eles se interessam bastante por aprender tudo que ensinamos”.

Ensine o máximo sobre o destino e as atividades que puder

Ensine o máximo sobre o destino e as atividades que puder

3) Tenha aliados
A dica é confiar nos monitores das atividades que os pequenos podem fazer. Tente não super proteger ou transparecer medo e preocupação e aprenda que dividir a responsabilidade com profissionais qualificados é uma ótima saída e as crianças agradecem.

“Principalmente quando é um esporte radical ou uma atividade nova, a Belinha sempre acredita mais no professor do que na gente. Eu e o Pato podemos falar que vamos junto que mesmo assim ela continua insegura. Acho que porque o professor tem um jeito diferente e sempre consegue acalmá-la, ela sempre confia mais neles nestas horas. Dar espaço para outras pessoas ajudarem é importante”.

Confie nos profissionais qualificados durante as atividades

Reprodução / Facebook Confie nos profissionais qualificados durante as atividades

4) Cada um no seu quadrado
Por mais que os monitores tenham o poder de acalmar, se a criança tem pavor de altura, não adianta querer que ela vá em uma tirolesa, por exemplo. Não torne as férias um episódio de pressão e tortura. Tenha limites para insistir nas atividades. Claro que é preciso sugerir e apresentar as novidades, mas tente não forçar demais a barra e deixe o filho ir se soltando aos poucos.

Então, se ele prefere ficar na piscina se acabando nos escorregadores altíssimos, mas detesta andar a cavalo? Beleza. Gosta mais de animais perigosos que de montanha-russa? Tudo bem. Quer voar em simuladores, mas tem pavor de pescaria? Tá certo.

“Temos que valorizar o que a criança gosta de fazer, tem que deixar partir deles também. Uma vez a Belinha fez rapel no Rio São Francisco, eu estava com medo e ela acabou me animando. Ela me leva a ser uma mãe mais aventureira. Ela adora esporte e aventura e, hoje em dia, a gente é que tem que segurar as rédeas um pouco”.

Abra espaço para a criança escolher do que gosta mais

Abra espaço para a criança escolher do que gosta mais

5) Quanto mais criança, melhor!
É filho único, tem vários irmãos ou levou os primos na bagagem? Não importa. Viajar é mais que conhecer lugares, é também encontrar gente boa por aí e isto pode começar cedo. Então, incentive as amizades e deixe as crianças se virarem entre si.

“Ficamos todo este tempo na Polinésia Francesa e não falamos francês. Um dia, a Belinha disse que queria fazer amizade com as pessoas dos barcos do lado. Ela subiu no stand up paddle e foi sozinha lá atrás de umas menininhas francesas. Chegou lá e conversou com o pai das crianças porque só ele falava inglês. Quando vi, ela estava voltando com as meninas na prancha. Elas passaram o dia aqui brincando, deram risada e nenhuma falava a língua da outra”.

Incentive todos os tipos de amizade

Incentive as amizades

6) Pense no futuro
Apresentar o mundo – mesmo que pertinho de casa! – para os filhos ajuda, de alguma forma, a formar o caráter deles. Não é só um simples passeio. Claro que Isabelle Nalu é um caso diferente já que só conhece a vida pulando de país em país, mas pequenas experiências que se encaixam melhor na realidade de cada um podem fazer diferença. Não é só ter histórias para contar depois, é também aprendizado.

“Claro que como mãe eu me preocupo se estou fazendo a coisa certa, mas o que mais vejo de positivo neste nosso estilo de vida é que ela é uma pessoa que sabe se virar. Qualquer coisa que acontece, ela tem uma solução, acha um jeito. Se deixar, faz check-in e embarca sozinha. Ela é descolada, conversa, resolve as coisas. Acho que isso vai ser muito importante durante a vida”, diz Fabiana.

Nas fotos, Isabelle Nalu com um e nove anos. Sempre em cima da prancha!

Reprodução / Facebook Nas fotos, Isabelle Nalu com um e nove anos. Sempre em cima da prancha!

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Créditos: Reprodução / Pinterest

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