Olhar para os pulsos de alguém e ver marcas de ferimentos auto-infligidos é dolorido e perturbador, mesmo para quem está “de fora” e desconhece as razões por trás daquelas marcas. Imagine, então, o sentimento de quem carrega as cicatrizes e tenta, a muito custo, esquecer os sinais que um dia alertaram para a necessidade de ajuda. Depois de acompanhar a luta de uma amiga contra as próprias feridas nos braços, a tatuadora Whitney Develle resolveu dar um jeitinho e transformar as cicatrizes em algo mais belo: tatuagens, é claro!

“As marcas ficaram no passado, se tornaram irrelevantes, mesmo”, explicou Whitney Develle, depois de tatuar o pulso da amiga com uma rosa em preto e branco. As cicatrizes são praticamente invisíveis sob o preenchimento do desenho, simbolizando a perseverança e superação de um jeito bem bonito e inspirador. Depois da experiência, a tatuadora resolveu abrir dois dias da semana em sua agenda para fazer o mesmo trabalho com outras pessoas que precisam de ajuda e “cobertura”.

A resposta foi tão positiva que, há uma semana, Whitney precisou avisar que só restam 50 horários disponíveis para o mutirão de tatuagens do bem, já que a agenda está praticamente fechada até 2017. Muita gente se interessou na possibilidade de esconder as marcas e, assim, seguir em frente com mais leveza e menos culpa.

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Créditos: Reprodução

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