A bailarina brasileira Bruna Gaglianone e o bailarino Erick Swolkin

Reprodução/Facebook A bailarina brasileira Bruna Gaglianone e o bailarino Erick Swolkin

Adiado três dias antes de estreia, o espetáculo de balé do Bolshoi que abordaria a homossexualidade de Nureyev é alvo de polêmica. De acordo com a bailarina brasileira Bruna Gaglianone, de 26 anos, o adiamento, para  março de 2018, pegou a todos de surpresa  e levantou suspeitas de atuação do governo. Há, inclusive, uma lei anti-gay em vigor no país. De acordo com a agencia de notícias TASS, o ministro da cultura russo, Vladmir Medinsky, pediu o cancelamento do balé com base nesta legislação.

“O Ballet Nureyev é incrível. Um espetáculo que deveria ser apresentado no mundo inteiro, juntou ballet, ópera, teatro e o resultado não poderia ter sido mais legal! Parabéns ao diretor Kirill Serebrennikov, ao coreógrafo Yuri Possokhov, Vladislav Lantratov que interpretou incrivelmente e a nós todos que tivemos a oportunidade de fazer parte disso tudo. Agora querem saber mesmo a parte inacreditável de tudo que pude contar? Ontem foi a primeira vez (ensaio geral) e talvez a última que apresentamos esse ballet. Triste, foi muito triste, lamentamos ninguém ter assistido e ainda continuamos chocados. Nós estávamos prontos! Mas enfim, temos que continuar”, escreveu ela no Facebook.

O depoimento contradiz o diretor da companhia, Vladimir Urin, para quem os  bailarinos não estavam preparados o suficiente para as apresentações.


int(1)

Bailarina brasileira reforça suspeita de homofobia no Bolshoi após adiamento