A Catedral de St. Albans, uma das mais antigas da Inglaterra, exibirá uma releitura do clássico quadro de Leonardo da Vinci, “A Última Ceia”, com Jesus representado como um homem negro. A ação é uma forma de apoiar o movimento “Vidas Negras Importam”, “Black Lives Matter” originalmente,  e rechaçar o racismo.

A pintura de quase três metros feita pela artista britânica Lorna May Wadsworth estará exposta a partir do próximo sábado (4), quando a catedral reabrirá ao público, segundo informou o jornal Evening Standard.

A artista contou no Twitter ter se inspirado em um modelo jamaicano para criar Jesus. Sua ideia é fazer o público questionar suas ideias sobre quem era o filho de Deus.

O reverendo Jeffrey John explicou que a “a igreja não está em posição de pregar para os outros sobre justiça, racial ou não”, mas que a fé ensina que “todos somos criados à imagem e semelhança de Deus e este Deus é o Deus da justiça”.

“Vidas negras importam, por isso transformamos o Altar dos Perseguidos [local onde ficará a obra] em um espaço para reflexão e orações, com o quadro de Lorna em nossos corações”, afirmou o religioso.

Wadsworth  relembra que especialistas concordam que Jesus provavelmente tinha traços do Oriente Médio, ou seja, não era branco. No entanto, por séculos foi retratado com padrões estéticos europeus. “Meu retrato dele é tão ‘preciso’ quanto à ideia perpetuada de que ele parecia um florentino”, comentou.

O arcebispo de Canterbury, Justin Welby, concorda com o ponto de Wadsworth . O líder da Igreja Anglicana publicou em seu Twitter que “Jesus era do Oriente Médio, não branco. É importante que lembremos disto”.

“Mas o Deus que louvamos em Cristo é universal, e a esperança que Ele oferece é uma boa notícia para todos nós. Essas são algumas das minhas imagens favoritas de Cristo ao redor do mundo. Quais são as suas?”, escreveu na rede social.

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Créditos: Reprodução

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Catedral inglesa exibirá releitura de 'A Última Ceia' com Jesus negro

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