Kim Kardashian no Brasil

A manhã desta segunda-feira, 11, foi para mim como o primeiro dia de aula do colegial. Acordei ansiosa, escolhi minhas melhores roupas e me preparei para um encontro, que no caso não seria com os livros e com novos colegas, mas com aquela que tem se tornado a ídola de muitos de nós: Kim Kardashian.

OK, peraí, com calma. “Ídola” é meio exagerado, mas é que quem assiste aos episódios de Keeping Up With The Kardashians, seu reality show, dificilmente não se apaixona pela família numerosa de Kim. Eu fui uma dessas pessoas e, quando soube que a filha mais famosa da Kris Jenner estaria em terras brasileiras, não sosseguei até que me passassem a pauta. Portanto, esta segunda-feira amanheceu com gosto de vitória.

Cheguei ao shopping Iguatemi meia-hora antes do combinado para o lançamento da coleção Kim Kardashian West de Dia dos Namorados, para a C&A. Logo fui seguida por meninas de idade escolar, que tentavam conseguir um convite para o evento, acompanhadas da mãe. Fiquei com pena, mas não pude fazer nada para ajudá-las. Na fila para a “triagem”, encontrei amigas as quais jurava que estariam lá, incluindo uma antiga parceira de baladas no joguinho Kim Kardashian: Hollywood.

Uma vez dentro do cinema onde o evento aconteceu, passamos a esperar. O clima era de dúvida: “Será que a Kim vai tirar selfies com a gente?”. Sim, a questão maior era essa. Espera, espera, espera, “será que ela não vem?”, espera mais um pouco, “olha no Instagram da Lilian Pacce, as duas juntas, que invejaaa!”, meu sonho de vê-la já estava se desfazendo. O que fazer para o tempo passar? Selfies, claro.

Se a Kim não vier, garanto minha selfie com a da foto.

Se a Kim não vier, garanto minha selfie com a da foto.

Até que enfim o negócio começou, e Kim entrou no recinto mostrando que é exatamente como a gente vê na televisão: pequena, cabelos brilhantes, maquiagem impecável, roupas na medida certa e um derrière enorme. A moça tem porte de pessoa pública – sua postura, seus movimentos, seu tom de voz mostram que Kim foi treinada por uma série de profissionais, o que não seria de se duvidar, uma vez que sua momager Kris transforma em ouro tudo o que toca. Nenhuma imagem dela é publicada sem sua autorização expressa, e a própria confessa ser bastante exigente. Seus maquiadores estão sempre analisando o que podem mudar e melhorar na aparência da famosa. Suas roupas – exceto o vestido preto da coleção própria, que ela vestia no evento – são todas ajustadas no corpo, para nada sair do lugar. O dia de Kim deve ter umas 300 horas.

A coleção é interessante, se você tem planos de se vestir exatamente como uma Kardashian (o nome Kreusa está disponível). Vestidos justos de tecido elástico para mulheres curvilíneas, cropped tops no esquema esconde-mostra (esconde o pescoço, mostra a barriga), saias lápis estruturadas e cores neutras, permitindo apenas duas peças estampadas. Sobre isso, ela fala no vídeo abaixo:

Kim Kardashian fala de sua coleção para a C&A

De fato, a coleção é de Kim e só dela, e é bastante democrática. Os preços vão de R$ 25 a R$ 189, já que a intenção é vender “luxo a preços populares”, como a própria descreveu. “Quando abri a loja (Dash) com minhas irmãs, nosso intuito era vender peças caras. Com o reality show, passamos a pensar na nossa audiência, e permitir que eles também pudessem usar nossos produtos”, revela. A coleção será posta à venda no dia 21.05. Veja as peças na galeria abaixo:

Kim Kardashian para C&A


Créditos: Ellen von Unwerth

Como o vídeo já mostrou, houve um momento de perguntas e respostas, e foi aí que pude fazer contato vocal e visual com Kim. É possível que eu tenha feito a pergunta na língua do Mestre Yoda, mas o fato é que ela entendeu e respondeu perfeitamente, sempre com bom humor e intercalando as frases com adjetivos e advérbios: amazing, fantastic, totally, definitely. Eu estava realizada (e tremi um pouco por dentro, é verdade). Pensando bem, ninguém conseguiu disfarçar a curiosidade de entrevistar tamanha celebrity. Perguntas pessoais eram proibidas, mas ainda assim os jornalistas pediram que ela dançasse funk (ela negou sem pestanejar, “Odeio dançar”), desejaram feliz dia das mães atrasado e perguntaram sobre sua filha, North.

Por fim, dado o número de pedidos de selfie feitos pelos presentes, Kim optou por fazer uma foto da galera. Nessa hora, virei de costas e fiz uma meta-selfie – eu precisava registrar para meus netos que estive ali.

Tá vendo aquela moça de preto em cima do palco? É ela.

Tá vendo aquela moça de preto em cima do palco? É ela.

O evento terminou em seguida, e era possível ver nos olhos dos jornalistas o brilho de ter passado alguns minutos com a maior celebridade dos nossos tempos. Pudemos acrescentar mais um distintivo a esta faixa de escoteiro que é a nossa vida. Bye, guys!


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