Assédio sexual no transporte coletivo não é novidade

Reprodução Assédio sexual no transporte coletivo não é novidade

A fotógrafa Amanda Venceslau, de 26 anos, foi vítima de assédio sexual na estação República do metrô, na região central de São Paulo, nesta semana. Por volta das 19h20 de quarta-feira (1º), a jovem foi abordada por um homem pedindo informações para chegar a um local, quando o crime ocorreu.

Ao ser questionada, a profissional disse que não sabia ajudar e seguiu seu caminho. Logo após, ela olhou para trás e viu o rapaz com a calça aberta e órgão genital para fora enquanto se masturbava.

O assédio aconteceu na transferência da Linha 3-Vermelha para a Linha 4-Amarela. Em entrevista ao site Ponte, Amanda disse acreditar que o homem fez a pergunta apenas para que o fluxo de passageiros de distanciasse. “Ele demorou muito para dizer o nome da rua, eu já achei estranho. Falei que não sabia, mas ele podia pedir informação para outra pessoa, virei as costas e fui embora. Fui a última pessoa a subir a escada rolante. Ele me esperou, esperou todo mundo passar para fazer isso”, relatou ela.

Ao perceber o que estava acontecendo, Amanda retornou e abordou o rapaz. “Ele disse o clássico dos homens: que eu era louca”, contou ela, que passou a gritar na estação para chamar a atenção em relação ao ocorrido, mas não haviam funcionários por perto. O Virgula questionou o Metrô sobre o ocorrido, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Número de casos de assédio no metrô de SP não para de crescer
Subiu cerca de 353% o número de casos de assédio sofridos por passageiras nas dependências do metrô de São Paulo na comparação de 2016 com 2015. No ano passado, foram 748 casos de importunação ofensiva ao pudor segundo a Delpom (Delegacia de Polícia do Metropolitano), média de dois por dia. Em 2015, esse número era de 165 ocorrências.

Metrô tem campanha contra o assédio sexual

Divulgação Metrô tem campanha contra o assédio sexual

O crescimento gritante na violência machista contra a mulher motivou uma série de protestos em estações paulistanas durante o último ano, gerando uma campanha do Metrô contra o assédio sexual.

Denuncie!
O Metrô possui um canal para denunciar crimes em suas estações e composições, além de uma área de atendimento exclusiva para ataques contra mulheres através do SMS-Denúncia no número (11) 97333-2252.

Famosas que sofreram assédio sexual

Pitty sofreu violência dentro de casa. Em 2003, a cantora baiana afirmou que uma empregada da casa a levava para o banheiro e fazia carícias impróprias.
Pitty sofreu violência dentro de casa. Em 2003, a cantora baiana afirmou que uma empregada da casa a levava para o banheiro e fazia carícias impróprias.
Créditos: Twitter

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No metrô de SP, homem se masturba logo após pedir informações para passageira