Todos sabem as opções para reduzir o risco de contrair HIV: fazer sexo com camisinha e não compartilhar seringas no uso drogas injetáveis. Porém no momento do sexo, diferente do pênis, que pode ser encapado por ser um órgão externo, quando se trata das mulheres a situação é complicada. Por isso, um grupo de cientistas da Universidade de Washington está fazendo testes de um absorvente interno com remédios que não permitem a contaminação pelo vírus da Aids. A ideia é que ele seja usado antes do sexo e o medicamento liberado, em grandes quantidades, no corpo.

O funcionamento do dispositivo, explicado em estudo publicado no jornal Antimicrobial Agents and Chemotherapy, é bastante simples: quando em contato com a umidade, as fibras do absorvente se dissolvem e liberam o medicamento Maraviroc, que hoje é utilizado para tratar pacientes com a doença, mas também ajuda a prevenir que o vírus se instale em pessoas saudáveis.

Para desenvolver os primeiros protótipos os pesquisadores contam com financiamento dos Institutos Nacionais de Saúde, dos EUA.

Embora já existam medicamentos por via oral para prevenir o HIV, produtos desse tipo podem ser mais vantajosos, já que causam menos efeitos colaterais e podem ser administrados somente na hora do sexo.

“Provavelmente vai levar cinco anos até chegarmos à fase dos estudos clínicos, com humanos, e então, dependendo dos resultados, possivelmente mais cinco anos até que esse tipo de produto esteja disponível nas prateleiras das farmácias comuns”, explicou Cameron Ball, autor-chefe do estudo, ao Huffington Post.

Mundialmente, as mulheres representam metade da população que vive com o vírus da aids, tendo a probabilidade duas vezes maior de contrair o HIV através de uma relação sexual com um homem, do que vice-versa.


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Novos absorventes internos podem proteger mulheres do HIV