O público no Lollapalooza 2018

Crédito: Marta Ayora

É inegável o quão legais são os festivais, mas todo mundo que já foi sabe que dá pra passar por muitos perrengues em um. Afinal, são vários dias de muita caminhada, muito banheiro químico, uma alimentação totalmente desregrada e um conforto quase inexistente.

Sabendo disso, o Virgula conversou com um monte de gente no finzinho do Lollapalooza 2018 e perguntou: se você pudesse voltar no tempo até o começo do festival e dar um conselho pra si mesmo, qual seria?

Um conselho que a gente ouviu de várias pessoas é o mais básico: chegue mais cedo. Assim você aproveita mais as atrações paralelas às musicais e pode aproveitar o tempo todo. Sem contar que o trajeto até o Autódromo de Interlagos, que fica no extremo sul de São Paulo, não é dos mais agradáveis. Entre metrô, trem e uma caminha de meia hora até o portão de entrada, é bom sair adiantado de casa. E mesmo que o show que você quer assistir seja o último, não imagine que vá ficar entediado enquanto espera. “Tem muita coisa pra conhecer aqui dentro, não são só os shows. Como tem muita coisa pra fazer, você não vê o tempo passar”, aconselha Carolina Vieira, 31 anos.

Aruarã Mello tem 45 anos e calcula que já foi em cerca de 15 festivais. Ele dá um conselho pra galera mais nova: “Beba menos no começo. Não queima a largada com bebida”. Já o conselho que ele daria pra si seria exercitar a paciência: “Pra comprar ficha é ruim, pra ir no banheiro é ruim, pra comprar bebida é ruim. Tem que ter paciência”.

Já a Paula Ornellas, de 23, também não ficou exatamente satisfeita com os banheiros e avisaria ao seu eu do começo do festival pra levar papel higiênico. “O banheiro tá um nojo e não tem nada lá”, ela reclamou.

O Lollapalooza foi o primeiro da Laura Cordova, 19 anos, e na sexta ela levou “toda a sorte de coisa”. Mas agora conseguiu reduzir ao essencial: protetor solar, repelente e lenço de papel. Ela também comentou sobre o kit de primeiros socorros pra quem quer ficar na grade: “Eu não comprei tanta água quanto deveria. E tem que deixar comida na bolsa, uma galera desmaiou por ali.”

Lembra que a sua avó sempre diz que saco vazio não para em pé? Ela tá mais do que certa. Andrea Castro, de 34 anos, falaria pra si mesma comer mais. “A gente fica entretida vendo o show e acaba esquecendo de comer”, ela explicou.

E, mais uma vez, maneire na bebida! Conselho da Marcella Araújo, 21 anos. “Não beber tanto no Lolla Lounge. Eu não lembro nada do show do Red Hot”, ela conta. Não que tenha perdido grande coisa, pelo menos segundo Ana Vitória Krummer, 30: “Se eu pudesse voltar, eu traria um chapéu, tomaria mais água, e não teria assistido ao show do Red Hot, achei meio paradão”.

Falando em shows, Rafael Baggi, 27 anos, acredita que errou por ter não ter assistido a shows em que não conhecia os artistas. “Deem chance às bandas. Esse é o máximo do Lollapalooza. Ver o que você gosta é maneiro, mas conhecer outras bandas que é o mais legal”, ele explicou. E ficar no meio da muvuca não é o essencial pra curtir o show, não. Rafael de Souza, de 29 anos, estava assistindo ao show da Lana Del Rey bem de longe e disse que deveria ter feito o mesmo na sexta e no sábado: “Eu fiquei lá no meio e não dá pra enxergar nada. Aqui você fica numa brisa boa.” Já Matheus Conci, 29 anos, daria um conselho bem direto pra si mesmo: “Aproveitar mais as coisas que eu queria ver do que ficar seguindo a galera”.

E, na hora do show, dê um descanso para o celular. Brenand Asfora, 20 anos, conta que acabou cometendo o mesmo erro do Lollapalooza de 2016 e filmando muitas partes dos shows. “Eu acho que a gente tem que viver o momento. Desde sábado eu tenho filmado menos, curtido mais, e visto mais. Eu assisti pouquíssimas vezes o que gravei em 2016. Porque o que fica mesmo é a memória”, ele explica.

Will Serafim, 24. lembra que o Autódromo é muito grande e se programar é essencial. “As vezes a gente não percebe que a distância entre os shows é grande e tem pouquíssimo tempo entre um show e outro. E usar sapatos confortáveis também”, ele aconselha.

Gabriel de Souza também tem um conselho bem útil — que infelizmente ele não pode dizer para o seu eu do começo do festival, então fica a dica pra vocês: “Traga uma bateria extra! A minha acabou de descarregar e eu me perdi dos meus amigos”. E na hora do descanso, fique atento e cuidado onde senta! Esse é o conselho de Giulia Saldanha, 26 anos, que sem querer sentou perto de um formigueiro,  e teve uma reação alérgica horrível (Giulia, aonde quer que você esteja, melhoras!). Guilherme Coimbra, 21, também pensa no momento de relaxar: “eu teria trazido uma canga pra deitar na grama”, ele diz.

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Créditos: Marta Ayora

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Conselhos que o público do Lollapalooza daria a ele mesmo se o tempo voltasse