“Por que viramos alvo?”, questiona Steve Harvey após mais um negro morto pela polícia

Twitter/Reprodução Terence Crutcher foi morto pela polícia

Terence Crutcher, 40, foi morto nesta semana durante uma ação policial na cidade de Tulsa, Oklahoma, nos Estados Unidos. Mesmo rendido, Crutcher foi abordado por quatro policiais e levou um tiro fatal da oficial Betty Shelby, que está detida.

Reprodução Betty Shelby é policial desde 2011

Em revista feita no corpo e no seu carro, não foi encontrada nenhuma arma. A polícia parou Crutcher após receber um chamado de um veículo abandonado que estaria bloqueando a passagem na estrada.

Um vídeo liberado pela polícia de Tulsa mostra o exato momento em que Shelby atira em Crutcher. Não fica claro exatamente o que motivou a atitude, uma vez que o motorista parece estar totalmente imobilizado. Atenção, as imagens são fortes. 

Terence, que era pai, trabalhador e sem antecedentes criminais, é o terceiro negro desarmado morto em ações policiais nos EUA em pouco mais de dois meses. Em 2015, 102 negros foram mortos, o que dá uma média de cerca de dois por semana, algo muito acima do comum para um país de primeiro mundo.

A violência policial tem gerado uma série de campanhas por parte de famosos como Beyoncé, Alicia Keys, Bono Vox, Drake e o jogador de futebol americano Colin Kaepernick, que tem ajoelhado durante o hino americano antes dos jogos da NFL como forma de protesto.

Após a morte de Crutcher, o comediante Steve Harvey mostrou toda a sua indignação em entrevista para uma rádio nos Estados Unidos.

So tired of seeing these videos. When do the people who pay taxes get protection? #TerenceCrutcher pic.twitter.com/MkVH2F7js5

— Steve Harvey (@IAmSteveHarvey) September 20, 2016

“Quatro pessoas para abordar somente um? Eu não sei bem o que aconteceu, mas apenas um poderia derrubá-lo. Como quatro pessoas começam a atirar em um homem desarmado?”, questionou ele, antes de continuar: “esse país está enlouquecendo (…) policiais merecem serem protegidos, mas quando as pessoas que pagam impostos serão protegidas? Quando negros serão protegidos? Por que viramos um alvo e nada acontece? Ninguém vai ser preso?”.

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Na página do Jornal Nacional no Facebook, internautas ofenderam a raça da apresentadora e um deles se referiu à Maju como escrava: "Onde compro essa escrava? Na época, o caso gerou revolta nas redes sociais e William Bonner e Renata Vasconcellos saíram em defesa da jornalista.
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