Para o diretor Ricardo Elias, o maior mérito do filme é ter um lado social forte sem ser panfletário. "Esses jovens serem muito mal representados no audivisual, seja na televisão ou no cinema. Ao invés de esteriotipar, o filme humaniza tantos esses jovens quanto os motoboys", diz ele.

Para criar o personagem, Ricardo entrevistou vários motoboys pra saber mais da profissão e da rotina deles. "Descobri que eles são muito solidários e brincalhões entre eles", conta.

Além das situações inusitadas que acontecem com Heracles, que tem a missão de cumprir 12 trabalhos em um único dia, o filme privilegia a capital paulista. O diretor diz que não é errado pensar que o filme é "muito mais sobre São Paulo do que sobre motoboys". Os ângulos das câmeras aproximam o telespectador da visão que os motoboys têm, tanto da vida quando da cidade.

Ricardo cuidou de tudo no filme. Acompanhou o roteiro e dirigiu pessoalmente os testes de todos os atores (entre eles Lucinha Lins, Vanessa Giácomo e Cinthia Falabella). O resultado é um filme divertido, sem esteriótipos e que talvez faça você ver os motoboys e a cidade com outros olhos.


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