A vida de um gamer no Brasil não é lá muito fácil. Os jogos por aqui, devido à alta importação, são muito caros, por isso a pirataria é uma triste realidade. Porém, não é todo mundo que destrava o console e compra games falsos, afinal, a qualidade da mídia não é bacana e tira o tempo de vida útil do videogame.

Para estimular a troca entre fãs de games originais, há um mês foi lançada a rede social Troca Jogo, da empresa nacional Astéria. Desde então já há mais de 1000 títulos cadastrados no site.

Como toda rede social, o Troca Jogo exige um perfil. Além de criar e-mail, nome de usuário e todos aqueles dados de sempre, também é preciso registrar seu endereço físico. Isso acontece em razão de uma integração bacana que a página tem com o Google Maps.

Após realizar o cadastro e informar quais videogames você possui, o Troca Jogos exibe quem mora perto de você, também está cadastrado, e tem jogos do mesmo console que o seu para trocar. Aliás, cada usuário tem sua própria página, com informações sobre seus games, comunidades e negociações feitas.

Sempre que uma é realizada, é necessário avaliá-la, o que de certa forma legitima a ferramenta. Cada gamer é avaliado com um ícone que imita o de um sinal de internet sem fio: barra vermelha indica que não é confiável, enquanto a verde indica o oposto.

Para facilitar, há listas com os games mais desejados para se livrar ou adquirir, o que logo de cara mostra que o povo está a fim dos últimos lançamentos. Mas games antigos também têm sua vez.

Para colocar um título de seu arquivo, é preciso analisá-lo da seguinte maneira divertida: “quero trocar de qualquer jeito”; “avaliarei com carinho as ofertas”; “se pintar uma boa proposta, eu troco”; “vai precisar suar para me convencer a trocá-lo” e “não troco, prefiro vê-lo empoeirando na estante”.

Depois disso, é necessário avaliar a qualidade do game, como o estado da caixa e da mídia. Feito isso, o anúncio pode ser divulgado também no Twitter e no Facebook.

“Isso não tem muito de novo, lá fora existem sites que vendem jogos que já fazem isso de vender jogos usados, como a própria Amazon, saca? O interessante do Troca Jogos é você trocar na lata, sem ter de vender, e sim negociar uma troca pau a pau sem grana no lance”, explica o arquiteto de informação Renato Di Giorgio, de 33 anos, e dono de um Playstation 3.

Ele tem o perfil típico do Troca Jogos: gamer que gosta de jogar online, que baixa demos antes de comprar e que compra os jogos depois – se gostar deles, claro. “Acho legal pagar por jogos q você curte, saca? Os desenvolvedores agradecem”, diz.

Os cadastrados do Troca Jogos também.


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Rede social brasileira ajuda gamers a trocarem jogos