Disposto a se livrar de vez da imagem de bom moço em comédias românticas, Hugh Grant se candidatou a um papel bem diferente dos de sempre. Ele queria ser Howard Marks, o traficante protagonista de Mr. Nice.

Mas foi rejeitado pelo próprio Marks, que também abriu mão de outro ator consagrado em favor de Rhys Ifans, escocês como ele. “Conheci Daniel Day-Lewis através de Bob Geldof. Ele estava muito interessado e acho que teria sido muito bom. Hugh Grant também queria me interpretar. Mas não tive muita certeza quanto a isso”, disse.

“Mas Rhys sempre foi minha primeira escolha. Nós nos conhecemos há tanto tempo que ele nem precisou estudar ou pesquisar sobre mim – ele já sabia tudo”, explicou ao jornal escocês Daily Record.

Mr. Nice é inspirado na autobiografia de mesmo nome, lançada em 1996, e tem Chloë Sevigny no papel de Judy Marks, a ex-mulher de Mark. O filme estreia ainda este mês na Inglaterra.

O verdadeiro Howard Marks ficou conhecido por não usar violência e se recusar a lidar com drogas pesadas. Mas, no auge de seus negócios, chegou a controlar 10% do tráfico mundial de haxixe. Ele foi preso e cumpriu sete anos em uma penitenciária em Indiana, nos Estados Unidos.

Depois de solto, ele não só escreveu Mr. Nice e mais dois livros (The Howard Marks Book of Dope Stories e uma segunda biografia, chamada Señor Nice: Straight Life From Wales to South América) como também se tornou um ativo militante pela legalização da maconha, viajando por diversos países para defender a causa. Foi inclusive essa sua plataforma para concorrer a uma vaga ao parlamento do Reino Unido, em 1997.


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Hugh Grant queria papel de rei do tráfico britânico em Mr. Nice