Morena Baccarin divulga a premiada série Homeland no Brasil


Créditos: gabriel quintão

Homeland, série premiada no Globo de Ouro 2012, finalmente será exibida no Brasil pela FX a partir de domingo (04). Para divulgá-la aqui, o canal pago trouxe de Los Angeles a atriz Morena Baccarin, que ficou famosa em Hollywood ao interpretar a alienígena Anna na série V e agora vive Jessica Brody no badalado seriado sobre segurança nacional e terrorismo.

Brasileira de origem — ela é filha do jornalista Fernando Baccarin e da atriz Vera Setta —, mas radicada nos Estados Unidos desde os sete anos, a atriz surpreendeu com seu ótimo português. “Sempre falo com meus pais”, disse ela durante a coletiva realizada no Hotel Grand Hyatt, em São Paulo, na terça-feira (29). Sobre a dificuldade de ser brasileira no exterior, a atriz foi categórica: “Não há dificuldade”. “Ser brasileiro é chique. E como eu fui muito pequena para lá, não tenho sotaque”, contou.

Na série, Morena interpreta Jessica, a esposa do sargento Nicholas Brody (Damian Lewis), prisioneiro de guerra no Iraque durante oito anos e dado como morto, que volta aos Estados Unidos e levanta suspeita da CIA sobre ter se convertido ao islamismo. “Foi o papel certo, na hora certa. Quando soube do cancelamento de V, nós procuramos uma coisa nova e surgiu Homeland. Li o roteiro e amei. Achei a história muito forte e adorei a personagem. E como era tão diferente da Anna, pensei que seria legal, como atriz, fazer o papel”, disse ela.

Como sua personagem acredita na morte do marido, ela acaba se envolvendo com seu melhor amigo (uma das primeiras cenas do piloto mostra ela recebendo a ligação, depois de longos anos, de Brody, ao lado do “amante” na cama). “Mas eu achava que ele estava morto”, exclamou em tom de brincadeira. “Jessica sente muita culpa por ter se apaixonado pelo amigo, mas depois passa. Ele a culpa tanto, que chega um momento que não dá mais. Ela só fez porque acreditou na morte. Esperou anos por ele, criou os filhos e chega um momento que você tem que ir pra frente com a vida. Vai ser uma coisa difícil para superar, mas eles vão resolver isso. Não dá para culpá-la”, analisou.

Preparação para o papel

Morena contou ainda que não deu para se preparar para o papel, porque teve muito pouco tempo para fazer o conhecido “laboratório”. “Entrei no seriado um pouco tarde. Tinha uma outra atriz fazendo a personagem e não deu certo e eles me colocaram de última hora”, revelou. “Tive mais ou menos uma semana para me preparar para o piloto. Não deu tempo de parar para conversar com as pessoas, mas entrei na internet em grupos de apoio a mulheres casadas com militares e fiquei sabendo como se preparavam, como lidavam quando os maridos vão e voltam diferentes, mudados e com traumas. Foi muito interessante”, completou.

Homeland, que rendeu o Globo de Ouro de Melhor Série Dramática e Melhor Atriz (Claire Danes), tem como base o formato da série israelense Prisioners of War, mas segundo Morena, o foco do seriado americano é mais na família. “Para falar a verdade não posso dizer muito porque não vi a série original. Acho que eles seguem mais os soldados. É uma história mais de guerra e menos de família, que é uma coisa mais americana”, comparou.

Nova temporada e longevidade da série

A já aguardada segunda temporada da série será gravada em maio, na Carolina do Norte, onde foi filmada a primeira. “Acho que também vamos filmar em Israel, porém não tenho muita informação. Eles (os produtores e roteiristas) não falam nada. Mas sei que não vamos começar onde terminamos a primeira. Vai passar um tempo, acho que um ano ou dois”, deu a pista.

Na série, o espectador é tomado por tantas surpresas e resoluções na história que dá uma ideia de que o enredo pode se esgotar. “Na primeira temporada eles não se seguram, vocês vão ver demais. Quando chega no final não é uma coisa frustrante do tipo “é isso”, “não é isso”. Eles mostram muita coisa. No último capítulo, inclusive, você não respira direito. É muito intenso!”, contou.

“Então acho realmente que não vai durar muito tempo, porque não tem como sustentar essa história. Ele agora vai virar político, vamos ver para que lado vai. Talvez uns 4 ou 5 anos, mais que isso não rola, eu acho. A não ser que eles mudem os personagens e passem para outro terrorista, outra guerra, não sei”, avaliou.

Convites para Brasil e outros trabalhos

Com seu português perfeito, a não ser “umas três ou quatro palavras” que esqueceu, com certeza Morena já recebeu convite para trabalhar no Brasil, mas de acordo com ela, a agenda da série toma muito do seu tempo e impossibilita a aventura.

Quando perguntada se assiste alguma novela, ela respondeu: “Não assisti recentemente, porque quando eu vim para cá era Carnaval e estava curtindo Angra, Paraty. Mas gosto muito, acho a produção de novela aqui muito boa. Adoraria trabalhar, mas o lance é esse de encaixar na agenda que tenho lá. É difícil”.

Se não tem trabalho no Brasil, ao menos Morena vai mudar de ares ao se aventurar no cinema. “Vou fazer um filme em março, chamado Old Days, escrito e dirigido pelo Michael Rosenbaum, que fez Smallville (ele interpretou Lex Luthor na série)”, revelou. “É uma comédia, completamente diferente do que eu faço. É sobre um cara que volta para casa para rever os amigos com os quais cresceu e se apaixonada novamente pela namorada da época de escola. Mas ela está para casar com outra pessoa, então rola uma drama. É engraçado ele tentar ‘roubá-la'”, emendou.


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No Brasil para divulgar Homeland, Morena Baccarin diz que "ser brasileiro é chique" e quer fazer novela