O diretor, ator e apresentador Antônio Abujamra morreu nesta terça-feira (28) de infarto no miocárdio enquanto dormia e foi encontrado pela cuidadora, em sua casa em São Paulo. Segundo um de seus médicos, ele vinha se sentido mal há algum tempo. O corpo será velado no Teatro Sérgio Cardoso, Bela Vista, região central de São Paulo.
Abujamra deixa um extenso legado para a cultura brasileira, em especial no teatro, onde montou mais 150 espetáculos, no cinema, com seus diversos personagens e na TV, onde, por quase quinze anos, comandou o melhor programa de entrevistas no ar. Provocações, da TV Cultura, estreou em seis de agosto de 2000, “caminhando no incerto e idolatrando a dúvida”.
O apresentador Serginho Groisman, e as atrizes Fabíula Nascimento, Guta Stresser, Mel Lisboa, o ator Michel Melamed também lamentaram nas redes sociais a morte de Abujamra. Veja a repercussão na galeria.











Alexandre Nero, ator
A maioria dos brasileiros certamente não sabem, mas o país perde mais com a ausência de homens como Antônio Abujamra do que qualquer mensalão, privataria ou Petrobras. "O governo nunca valorizou a inteligência no nosso país. O estado do Brasil é resultado da estupidez dos governantes, dos arquitetos, dos intelectuais, dos artistas, dos jornalistas... de todo mundo. É a nossa estupidez”. A. Abu
Créditos: Reprodução/Instagram

Soninha Francine, apresentadora
Um causo em família pra dizer o que o #Abujamra significava pra mim: Minha mãe é uma intelectual-feminista-de-esquerda que tem novela na sua lista de "coisas bestas para as quais não tenho a menor paciência". Quando o Abu participou de novela da Globo, minha mãe não alterou para baixo o conceito dele ("vendido para o sistema!"). Era tão sólida sua opinião sobre o homem, que ela deu um ponto para a novela. E olha que minha mãe é chata, viu. GRANDE Abujamra. Ouvi dizer que andava muito abatido, mas o filho dele disse que estava ótimo ontem à noite. Que bom. Desejo paz e descanso à sua mente e, como aspiramos na minha religião, "um renascimento auspicioso". Om Mani Padme Hung. *** As pessoas podem achar que é jogo de cena dizer "que honra vir ao seu programa", mas eu fiquei MESMO envaidecida, emocionada, "UHU!" quando o Abu me convidou para o Provocações.
Créditos: Reprodução/Facebook

Fabiula Nascimento, atriz
Créditos: Reprodução/Twitter

Jean Wyllys, deputado federal
Provocar, instigar e confrontar: Abujamra, que nos deixou esta manhã, é uma das melhores partes da história do teatro e da TV brasileiros. Ainda que muitos tabus sejam encarados com reservas pela TV, Abujamra os explorava em seu programa - Provocações - como o fazia no teatro. Com o personagem Ravengar, da novela "Que rei sou eu?", da Globo, ganhou popularidade, o que levou seu enorme talento na arte de interpretar para um público alijado do direito às artes vivas. Contudo, seu olhar crítico sobre o mundo não poupava nem mesmo o teatro. O nome de sua companhia - "Fodidos privilegiados" - mostra a contradição existencial desses trabalhadores da cultura, divididos entre a delícia de se dedicar a uma arte viva milenar e a dor de não contar com políticas públicas de fomento ao teatro. Entrevistador que odiava dar entrevistas e grande crítico da superficialidade da própria televisão ao tratar das vulnerabilidades sociais, deu-me o privilégio de também ser provocado (https://youtu.be/ADS3PtMjAxI). Ironicamente falamos sobre morte naquela ocasião. Hoje faço justiça à nossa foto.
Créditos: Reprodução/Facebook

Michel Melamed, ator
Créditos: Reprodução/Twitter

Guta Stresser, atriz
Abu, amado...descanse em paz
Créditos: Reprodução/Facebook

Felipe Andreoli, repórter
Abuja ! Vai com Deus ou com quem você quiser ir! Nao esquecerei o medo q eu tinha qdo cruzava c ele nos corredores da Cultura. RIP Ravengar!
Créditos: Reprodução/Twitter

Mel Lisboa, atriz
#Repost @leopoldopacheco with @repostapp. ・・・ "Embora minha cabeça não tenha mudado, as viagens serviram para que eu me conhecesse melhor e tomasse um rumo, após perceber que a essência do meu progresso estava em poder aceitar a minha decadência. Ou seja, progredir até morrer, porque viver é morrer. E não me arrependo de nada." Antônio Abujamra

Serginho Groisman, apresentador
Tive a honra de ser entrevistado por Abu. Perdemos um artista completo e um homem bom. Fica em paz.
Créditos: Reprodução/Instagram

Gilberto Gil, músico
Antonio Abujamra in memoriam
Créditos: Reprodução/Twitter
Alexandre Nero, ator
A maioria dos brasileiros certamente não sabem, mas o país perde mais com a ausência de homens como Antônio Abujamra do que qualquer mensalão, privataria ou Petrobras. "O governo nunca valorizou a inteligência no nosso país. O estado do Brasil é resultado da estupidez dos governantes, dos arquitetos, dos intelectuais, dos artistas, dos jornalistas... de todo mundo. É a nossa estupidez”. A. Abu
Créditos: Reprodução/Instagram
Soninha Francine, apresentadora
Um causo em família pra dizer o que o #Abujamra significava pra mim: Minha mãe é uma intelectual-feminista-de-esquerda que tem novela na sua lista de "coisas bestas para as quais não tenho a menor paciência". Quando o Abu participou de novela da Globo, minha mãe não alterou para baixo o conceito dele ("vendido para o sistema!"). Era tão sólida sua opinião sobre o homem, que ela deu um ponto para a novela. E olha que minha mãe é chata, viu. GRANDE Abujamra. Ouvi dizer que andava muito abatido, mas o filho dele disse que estava ótimo ontem à noite. Que bom. Desejo paz e descanso à sua mente e, como aspiramos na minha religião, "um renascimento auspicioso". Om Mani Padme Hung. *** As pessoas podem achar que é jogo de cena dizer "que honra vir ao seu programa", mas eu fiquei MESMO envaidecida, emocionada, "UHU!" quando o Abu me convidou para o Provocações.
Créditos: Reprodução/Facebook
Fabiula Nascimento, atriz
Créditos: Reprodução/Twitter
Jean Wyllys, deputado federal
Provocar, instigar e confrontar: Abujamra, que nos deixou esta manhã, é uma das melhores partes da história do teatro e da TV brasileiros. Ainda que muitos tabus sejam encarados com reservas pela TV, Abujamra os explorava em seu programa - Provocações - como o fazia no teatro. Com o personagem Ravengar, da novela "Que rei sou eu?", da Globo, ganhou popularidade, o que levou seu enorme talento na arte de interpretar para um público alijado do direito às artes vivas. Contudo, seu olhar crítico sobre o mundo não poupava nem mesmo o teatro. O nome de sua companhia - "Fodidos privilegiados" - mostra a contradição existencial desses trabalhadores da cultura, divididos entre a delícia de se dedicar a uma arte viva milenar e a dor de não contar com políticas públicas de fomento ao teatro. Entrevistador que odiava dar entrevistas e grande crítico da superficialidade da própria televisão ao tratar das vulnerabilidades sociais, deu-me o privilégio de também ser provocado (https://youtu.be/ADS3PtMjAxI). Ironicamente falamos sobre morte naquela ocasião. Hoje faço justiça à nossa foto.
Créditos: Reprodução/Facebook
Michel Melamed, ator
Créditos: Reprodução/Twitter
Guta Stresser, atriz
Abu, amado...descanse em paz
Créditos: Reprodução/Facebook
Felipe Andreoli, repórter
Abuja ! Vai com Deus ou com quem você quiser ir! Nao esquecerei o medo q eu tinha qdo cruzava c ele nos corredores da Cultura. RIP Ravengar!
Créditos: Reprodução/Twitter
Mel Lisboa, atriz
#Repost @leopoldopacheco with @repostapp. ・・・ "Embora minha cabeça não tenha mudado, as viagens serviram para que eu me conhecesse melhor e tomasse um rumo, após perceber que a essência do meu progresso estava em poder aceitar a minha decadência. Ou seja, progredir até morrer, porque viver é morrer. E não me arrependo de nada." Antônio Abujamra
Serginho Groisman, apresentador
Tive a honra de ser entrevistado por Abu. Perdemos um artista completo e um homem bom. Fica em paz.
Créditos: Reprodução/Instagram
Gilberto Gil, músico
Antonio Abujamra in memoriam
Créditos: Reprodução/Twitter