Ronaldo participa de campeonato de pôquer


Créditos: Gabriel Quintão

O ex-jogador Ronaldo esteve nessa quinta-feira (28) em um hotel na zona norte de São Paulo divulgando um de seus patrocinadores. Na entrevista coletiva, o pentacampeão falou bastante sobre a principal atração da noite, o pôquer, mas não conseguiu fugir de questões ligadas a futebol, mesmo mostrando não gostar tanto de falar sobre o esporte das quatro linhas em comparação à sua nova “paixão”, como o próprio salientou.

Exibindo a forma que já é conhecida nos últimos meses – um pouco acima do peso – mas aparentando estar tranquilo e disposto, Ronaldo revelou que jogar pôquer preencheu a lacuna deixada pelo futebol em sua vida, pelo menos enquanto prática, já que é sabido que ele é o dono de uma das empresas de marketing esportivo mais bem sucedidas do ramo.

“Como é um esporte da mente, eu tenho usado o pôquer como uma busca pela adrenalina. Eu tinha isso sempre no futebol, nos jogos, com as decisões importantes, enfim, e o pôquer me dá essa sensação que eu busco e que não tenho mais desde quando eu parei de jogar futebol. Estar na mesa, estar em um torneio, me dá essa sensação boa, de estar competindo, de estar enfrentando outros jogadores. Tenho usado muito isso e tem substituído bem essa minha saudade pelo futebol”, explicou.

Ao lado de dois feras do esporte – o americano Chris Moneymaker e o brasileiro André Akkari (foto abaixo) – o antigo dono da camisa 9 da Seleção Brasileira deixou claro que não pensa em seguir carreira profissional no pano verde, mas sim que só o usa para descontrair, brincar e se divertir. Mas, como é de sua personalidade sempre competir, o Fenômeno não larga a mão de um bom desafio na nova área.

“Falei brincando antes que eu era melhor no pôquer do que no futebol. Obviamente que não é verdade, eu sou um apaixonado pelo pôquer, tenho aprendido muito e eu fico muito bravo quando eu perco um torneio. Coisa que mostra que a minha paixão é verdadeira e que eu me divirto. Não tenho pretensão de ser um profissional do pôquer. Eu quero me divertir, quero passar momentos agradáveis logicamente com essa busca pela adrenalina e esse gosto pela competição. Curto tudo isso. Mas não tenho pretensão de chegar a ser como o Chris ou o André, esses caras que têm toda a probabilidade de cor na cabeça”, contou.

Depois, em tom ainda mais descontraído, deu algumas razões pelo fato de não ir – segundo o próprio – tão longe nas competições que já disputou.

“Eu pego um par de ases na mão e já começo a tremer todo, não sei disfarçar. E quando dou um blefe também, a mão começa a suar. Tenho muito o quer a aprender. Não tenho a pretensão de ir tão longe, mas eu quero me divertir com o pôquer e competir”, disse.

A questão do futebol ia e voltava, já que ele era o centro das atenções na entrevista coletiva. Uma das principais perguntas que respondeu foi a respeito da Copa do Mundo do ano que vem, e como espera que o time de Luiz Felipe Scolari se porte jogando em casa.

“Com as seleções que se classificaram como cabeças de chave, essa Copa vai ser espetacular. Estive na seleção por muito tempo, mas, pensando como torcedor, pode vir qualquer um que a seleção vai estar bem na fita e vai ficar muito difícil para as outras. Elas é que estão com medo”, lembrando que países que nunca apresentaram perigo real, como Colômbia, Suíça e Bélgica, serão cabeças de chave, o que deixa outros mais perigosos, como Holanda e França, com chances de cair na mesma chave que os únicos pentacampeões mundiais.

Com 15 gols marcados nas três Copas do Mundo que jogou (esteve na Copa de 1994, mas não entrou em campo), Ronaldo é o maior artilheiro da história do torneio. O alemão Miroslav Klose é o jogador que tem mais chances de ultrapassá-lo, já que marcou 14, porém não é certo que o atacante de 34 anos venha ao Brasil. Sobre a questão e um provável medo de ser superado, o craque disse estar tranquilo e que nada que vier a acontecer apagará o que ele já fez dentro das quatro linhas.

“Não, eu não tenho medo. Acho que todo recorde foi feito para ser quebrado, e assim como eu quebrei um recorde de muitos anos, o meu recorde, provavelmente, será batido em pouco tempo, não sei, talvez em mais, mas tenho certeza que um dia será quebrado. Mas isso não apaga a minha história, não apaga os meus 15 gols e isso que me deixa orgulhoso de ter feito. Se o alemão (Klose) vier na Copa e fizer gol, ele também estará merecendo esse recorde. É um título individual muito especial, mas que se eu perder isso, não apaga a minha trajetória, a minha carreira, meus gols pela seleção”, comentou.

Depois, Ronaldo partiu para onde estava acontecendo o BSOP, ou Brazil Series of Poker, que reunia mais de 800 jogadores. A estrela da noite se sentou ao lado de outros jogadores e praticou sua nova mania.

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Após aposentadoria, Ronaldo revela que achou ‘adrenalina’ no pôquer