Anton Hysén, de 20 anos, ganhou destaque na Suécia nesta semana, ao se tornar o primeiro jogador de futebol do país assumir publicamente a condição homossexual.

Em entrevista à revista ‘Offside’, que ainda irá às bancas, Anton ressaltou em sua polêmica entrevista que está ciente de que terá problemas em sua carreira. Entretanto, espera que seu pioneirismo inspire outros atletas. “Existe gente que não consegue conviver com homossexuais, talvez um clube se interesse por mim mas o treinador mude de ideia depois que descobrir que sou gay. Mas não me importo. Agora todos sabem e acho que será incrível. Podem me chamar do que quiser, isso apenas me dará mais motivação”, afirmou, mostrando coragem. “Onde estão os outros? Não existe mais ninguém?”, desafiou. 

O lateral-esquerdo Hysén não é um jogador de ponta no país, pelo contrário, atua em uma equipe da quarta divisão, o Utsiktens BK, que é treinada por seu pai, Glenn Hysén, este sim jogador importante, com passagem pelo Liverpool e a seleção sueca. Ele chegou a jogar na primeira divisão, no Häcken, mas teve seguidas lesões. “Eu talvez não seja um atleta de elite, mas isso não muda o fato de que eu sou um jogador e de que sou gay. Se eu sirvo para jogar futebol, não faz diferença se gosto de mulheres ou homens”, afirmou.

Ironia do destino, o pai de Anton já chegou a ser acusado de homofobia por ter agredido um homem que o cantou em um banheiro público na Alemanha. À época, ele fez um discurso questionando o quão difícil seria para um atleta de 16 anos assumir a homossexualidade para os companheiros. Agora, como se sabe, ele estava falando de seu próprio filho.


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Atleta sueco assume ser gay e se torna pioneiro