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Flamenguista, fã de samba, apaixonada por futebol e carismática. Não, não estamos falando de nenhuma carioca ou personalidade brasileira famosa. A pessoa em questão é Kiyomi Fujiwara Nakamura. Pelo nome, dá para saber que se trata de uma japonesa, mas não de uma oriental qualquer, e sim da queridinha do Felipón e grande destaque das coletivas de imprensa da Seleção Brasileira de futebol. Você pode até não saber que ela é (até agora), mas já ouviu, pelo menos uma vez, a voz da bem humorada e simpática repórter nipônica que faz aniversário nesta quarta-feira (22), mas não revela sua idade.

“Minha idade? É segredo! Quando ultrapassei os 30 anos, já parei de declarar para as pessoas, ainda mais publicamente”, brincou a correspondente da TV Fuji.

Morando a quase 13 anos no Brasil, Kiyomi Nakamura viaja o mundo todo atrás de entrevistas exclusivas com jogadores brasileiros, principalmente os convocados para defender a seleção. Acompanhada do cinegrafista brasileiro Jorge Ventura (foto acima), que é seu fiel escudeiro e companheiro de chopp (sim, ela adora!), a repórter japonesa já cobriu quatro Copas do Mundo, sempre com o enfoque voltado ao time verde e amarelo.

Em um papo exclusivo e reto com o Virgula Esporte, direto do Rio de Janeiro, sua segunda casa, a queridinha do técnico Felipão abriu o jogo sobre vida pessoal, sonhos na profissão, time do coração, samba, feijoada e até mesmo sobre relacionamentos amorosos no país tropical.

Veja fotos de Kiyomi, a repórter japonesa mais brasileira do mundo

Kiyomi Nakamura, a repórter japonesa mais brasileira do mundo
Kiyomi Nakamura, a repórter japonesa mais brasileira do mundo

Seguindo os passos da Seleção Brasileira desde 1998, na Copa do Mundo da França, por conta da ligação entre o seu país, o Japão, e o craque Zico, Kiyomi contou como tudo começou nessa relação entre ela e o Brasil. “Pelo interesse no Brasil eu iniciei o meu trabalho. Quando Zico assumiu a coordenação técnica da Seleção Brasileira, em 98, decidimos cobrir por três meses a seleção e também o Zico. Algumas editoras, jornais e TV se interessaram por essa ideia e assim eu comecei a ganhar trabalho”, contou a repórter, que não falava sequer uma palavra em português quando resolveu cobrira o dia a dia da equipe e acabou aprendendo sozinha a nossa língua. “Comecei a aprender ainda no Japão. Quando eu decidi que gostaria de morar no Rio, logo após a Copa da França, sabia que tinha que falar português para conversar com jogadores e amigos de imprensa. Eu já estava trabalhando na TV, e com aqueles horários malucos, eu aproveitava um tempo livre para aprender sozinha com livros, textos e com vídeos”, completou (assista abaixo).

Kiyomi fala sobre como começou a gostar de futebol

Apaixonada pela seleção e também por outro time de futebol no Brasil

Moradora do Rio de Janeiro há mais de uma década, Kiyomi não adotou apenas a cidade em seu coração. Fanática por futebol, a repórter também escolheu um time para chamar de seu. E como grande fã de Zico, a jornalista não teve dúvidas em sua escolha, virou flamenguista e até aprendeu o hino do rubro-negro.

Kiyomi revela pra qual time brasileiro ela torce

7 a 1 na visão da repórter japonesa

Kiyomi, como sempre acontece desde a Copa do Mundo de 1998, estava presente no jogo entre Brasil e Alemanha, válido pela semifinal do Mundial de 2014, no Mineirão. Estarrecida com o futebol apresentado pelos comandados de Luiz Felipe Scolari, a repórter fez o seu relato sobre o fatídico dia 8 de julho do ano passado.

“Até esqueci trabalho. Depois do jogo, fui para a zona mista. Eu perguntei para todos os jogadores o que aconteceu? E todo mundo respondeu que não sabia e que não entendi. Se jogador não sabia, como eu, que estava na tribuna, poderia saber. Mas aconteceu. Qualidade do Brasil não mereceu esse resultado”, desabafou.

Veja as melhores imagens do jogo entre Brasil e Alemanha no Mineirão

Kiyomi carioca e vida pessoal no Rio de Janeiro

Solteira, Kiyomi tem bastante amigos na cidade do Rio de Janeiro. Companheira inseparável de Jorge Ventura, a jornalista praticamente faz parte da família do cinegrafista. Com relação ao lado amoroso, a tímida repórter nipônica deu uma desconversada, não contou se já se relacionou com algum brasileiro, e optou por falar da qualidade das pessoas, não importando a nacionalidade dela.

“Antigamente eu também estava pensando japonês é assim e assado e brasileiro é assim e assado, mas agora não. Se eu gosto de brasileiro e se gosto de japonês, tudo depende da pessoa e da relação que nós criarmos”, disse.

Kiyomi: a carioca natural do Japão


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Batemos um papo reto com Kiyomi, a repórter japonesa queridinha das coletivas da seleção