Esporte em franco crescimento no país, o rúgbi é a segunda modalidade que ganha espaço no Portal Virgula em nosso Especial Pan, às vésperas do início do Pan-Americano de Guadalajara. E o responsável por falar sobre o assunto foi Fernando Portugal, capitão da equipe brasileira de sevens, que vê o torneio como um grande trampolim para o esporte no Brasil.

“A gente sabe que o brasileiro, mesmo sem conhecer o esporte, sem saber o que é o rúgbi, vai torcer pela seleção. Vamos ter visibilidade e acho que a mudança vai ser monstruosa para o rúgbi brasileiro depois dessas passagens nos Jogos Pan-Americanos e Olimpíadas”, disse Portugal.

No entanto, se quiser faturar uma medalha na competição, o capitão da seleção terá uma grande missão, pois terá pela frente a temida Argentina e as equipes profissionais dos Estados Unidos e Canadá.

“A Argentina está indo com uma equipe muito forte que é o principal time deles, e eles estão treinando muito, fazendo um giro na África do Sul como preparação. Mas, também tem os EUA e Canadá, que são dois times profissionais que a gente vai enfrentar. Se todas as outras seleções que vão disputar o Pan são amadoras, EUA e Canadá são profissionais. É um nível de jogo diferente, talvez não tecnicamente ou taticamente, mas fisicamente o jogo é mais exigente”, afirmou o atleta que prefere disputar a competição jogo a jogo sem se preocupar com o resultado final.

“Para chegar às finais, você precisa ganhar o primeiro jogo, tem de ganhar o segundo, o terceiro. Independentemente disso, a gente pode conseguir medalha, mas sabemos que precisamos jogar muito, a gente sabe que precisa competir”, complementou.

Desde junho, a seleção brasileira vem se reunindo pelo menos uma vez por mês para fazer a preparação para os Jogos do México. Nesses encontros, geralmente em São Paulo, os jogadores passam por uma análise física e nutricional com especialistas que sempre recomendam treinos e dietas específicas para os atletas.

Apesar de todo esse esforço e organização, Fernando Portugal ainda acha que falta apoio das empresas privadas aos jogadores de rúgbi para que eles consigam viver do esporte.

“A mudança de um ano e meio para cá no rúgbi foi extraordinária, eu sinto na pele, vivo no rúgbi, trabalho em vários setores do rúgbi, além de ser atleta, sendo capitão da seleção, sinto que tenho mais visibilidade e sinto na pele essa mudança. Mas, isso precisa ser estendido para os outros jogadores para poder se dedicar exclusivamente no rúgbi para termos jogadores muito mais competitivos”, completou.

A competição de Guadalajara marcará a estreia do rúgbi no torneio. Em relação aos Jogos Olímpicos, a modalidade só será incluída no cronograma de competições em 2016, no Rio de Janeiro.


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Capitão do rúgbi vê Pan como "trampolim" para a modalidade no país e mira medalhas