Um gigante do futebol sul-americano garantiu nesta quinta-feira seu retorno a uma final de Taça Libertadores 24 anos após disputar o título pela última vez.

Apesar de ter perdido por 2 a 1 em Buenos Aires para o Vélez Sarsfield em jogo de volta pelas semifinais, o decisivo gol marcado fora de casa deu ao Peñarol a chance de conquistar seu sexto troféu da competição continental, já que na primeira partida, em Montevidéu, venceu o time argentino por 1 a 0.

Na final, os uruguaios encontrarão outro time de peso: o Santos, que na quarta-feira empatou em 3 a 3 com o Cerro Porteño no Paraguai e também se classificou. As partidas decisivas serão realizadas nos dias 15 e 22 de junho, sendo que a última acontecerá no Brasil.

Santos e Peñarol, por sinal, já decidiram uma Libertadores, em 1962. E o retrospecto é favorável aos brasileiros. A geração de Pelé levou a melhor e garantiu o bicampeonato do Peixe. Desta vez, será a chance de Neymar e cia tentarem o tri.

A vaga do Peñarol contou com uma importante colaboração de um compatriota. Apesar de ter marcado um gol a favor do Vélez – que garantiu a virada de sua equipe -, o atacante uruguaio Santiago Silva, que teve passagem discreta pelo Corinthians, em 2002, perdeu um pênalti aos 30 minutos do segundo tempo. Fernando Mier abriu o placar para o Peñarol aos 33 da primeira etapa. Pouco antes do intervalo, aos 45, Fernando Tobio empatou.

Não foi por acaso que o Peñarol saiu na frente no placar. O time começou a partida atuando melhor que os donos da casa, sem se intimidar com a forte pressão da torcida mandante. Logo aos dois minutos, Martinuccio ficou cara a cara com o goleiro Barovero, mas o argentino salvou sua equipe.

Com bom toque de bola e seguro na defesa, o Peñarol levava mais perigo do que o time argentino, que parecia pouco inspirado e se limitava a tentar jogadas aéreas. Aos 33, os uruguaios tiveram sua recompensa. Olivera aproveitou erro na saída de bola do Vélez e tocou perto da entrada da área para Martinuccio, que se livrou da marcação e viu Míer do lado esquerdo. O meia recebeu bom passe e chutou rasteiro para fazer 1 a 0.

A essa altura, o Vélez precisava vencer por 3 a 1, e pareceu ter despertado, lembrando a equipe que fez bela campanha até chegar à semifinal. O empate poderia ter vindo aos 41, quando Martínez marcou gol mal anulado pela arbitragem, que viu impedimento inexistente. Mas quatro minutos depois, Tobio aproveitou rebote do goleiro Sosa em bola alçada na área e deixou tudo igual.

Depois do intervalo, o Vélez intensificou sua pressão, mas o Peñarol soube manter o bom posicionamento e não se descontrolou, como acontece em situações semelhantes com diversas equipes estrangeiras que vão à Argentina e acabam sucumbindo à pressão.

Aos 21, porém, outra bola levantada na área levou o Vélez a marcar. Desta vez, Santiago Silva chutou forte de canhota e viu a bola bater na trave antes de entrar. Três minutos depois, Ortiz foi expulso, mas nem mesmo atuando com um homem a menos o time argentino abdicou do ataque.

A equipe anfitriã poderia ter chegado ao placar que precisava aos 30, quando Martínez foi derrubado dentro da área por Rodríguez e o árbitro marcou pênalti. Mas Silva, conhecido também como “El Tanque”, mandou para as nuvens a classificação do Vélez.


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Com "ajuda" de uruguaio rival, Peñarol segura Vélez e enfrentará Santos