Considerada um dos pontos fortes da seleção brasileira para a Copa do Mundo de Futebol da África do Sul, a defesa foi o destaque na entrevista coletiva, neste domingo, em Johanesburgo, com a presença do capitão Lúcio e de Luisão, ambos zagueiros.

Na conversa com a imprensa ao longo de pouco mais de 30 minutos, os jogadores exaltaram a força do grupo e a importância do trabalho diário para chegar até aqui.

Com um discurso afinado ao do técnico Dunga e titular absoluto, Lúcio falou da alegria e da motivação de jogar na seleção e ao mesmo tempo da necessidade de manter os pés no chão na busca dos resultados.

“Não podemos esquecer da humildade, futebol é momento que tem de ser mostrado a cada dia. Não podemos perder esse pensamento, manter os pés no chão, trabalhar bastante e respeitar os companheiros. Esse é o caminho para conquistar os títulos”, ensina o capitão da seleção brasileira.

Se esquivando de perguntas sobre a preocupação com as outras seleções, Lúcio disse que agora o momento é de concentrar as energias no sonho de ganhar a Copa do Mundo, de se preparar para isso e não pensar nas outras equipes. “Na hora certa”, ressaltou, “quando começar a Copa, a gente vai analisar as outras seleções”.

Luisão e Lúcio defenderam os colegas que jogam do meio para frente, diante das críticas dos jornalistas de que o ataque titular não está conseguindo passar pelo time reserva nos coletivos.

“Não há motivo de preocupação com a seleção titular. A gente conhece os atacantes do nosso time, todos os jogos eles estão marcando gols. Nos treinamentos todos (titulares e reservas) querem mostrar o seu melhor e é parte disso dificultar a vida dos titulares. Mas isso tem um lado bom, porque eles vão chegar bem preparados quando a Copa começar”, avalia o zagueiro Luisão, que joga pelo Benfica, de Portugal.

Mais ponderado, Lúcio sustentou que a seleção brasileira vem crescendo e é possível ver a dedicação dos jogadores no meio de campo, no ataque, durante os coletivos. O jogador da Inter de Milão lembrou também que não é fácil passar por nenhum deles (o time reserva).

“O momento de errar é agora, para que a gente possa começar bem a Copa do Mundo. Todos estão se dedicando bastante, esperamos ter um crescimento com isso”, destacou o capitão.

Lúcio falou ainda da lembrança forte que tem da imagem de Dunga, como capitão, levantando a taça no título de 1994.

“A partir daquele momento comecei a sonhar em ser jogador profissional”, confessou Lúcio, que se incorporou ao grupo só na África devido à final da Liga dos Campeões.


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Em Johanesburgo, defesa defende ataque da seleção brasileira